Qual é a saída para reduzir os custos em logística no Brasil?

 

Locomotiva em movimentação de cargas na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) | Foto: Paulo Duarte/VLI

Ter uma boa infraestrutura é fundamental para que um país seja mais competitivo. Uma pesquisa inédita da CNI sobre o tema mostrou que 38% das indústrias mudariam a operação que realizam hoje por rodovia para outro modal.

Os dados do estudo, que ouviu 2,5 mil executivos de pequenas a grandes empresas do país, foram divulgados na última terça-feira (18).

Segundo a pesquisa, 28,5% das empresas escolheriam realizar suas operação por ferrovias se houvesse condições de infraestrutura adequadas para o escoamento de produtos.

Elas só não o fazem porque avaliam que hoje o setor ferroviário apresenta as piores condições entre os tipos de transportes. Hoje, 31% dos empresários consideram as ferrovias ruins ou péssimas.

Vale ressaltar que, atualmente, apenas 8% das indústrias usam as ferrovias para transportar sua produção. Além disso, pesquisa mostrou que 99% das empresas utilizam caminhões como principais meio de transporte.

A diversificação dos modais de transportes significa para os executivos perspectiva de redução de custos (64%) e maior agilidade para a entrega do produto (16%).

Para 84% dos entrevistados, atualmente, o custo do transporte e da logística na indústria é alto ou muito alto por conta de problemas como:

  • Frete como o principal custo logístico (79%)
  • Roubo de cargas (22%)
  • Má condição dos modais (20%)
  • Má qualidade da frota (7%)

Dessa forma, se reduzissem o custo de transporte, ganhariam mais competitividade no mercado. Porém, para isso ocorrer, é preciso que o país invista mais em logística.

Segundo a CNI, o país aporta em infraestrutura de transportes apenas 0,65% do PIB nacional. O patamar ideal para modernizar toda a logística de transportes do país seria o equivalente a 2% do PIB.

Na lista dos principais gargalos de transporte que precisam ser solucionados no país ainda temos: infraestrutura das rodovias (67%), infraestrutura de ferrovias (34%), ampliação/duplicação de rodovias (10%), custo do combustível (9%) e acesso aos portos (9%).

Para a Findes, aumentar os investimentos em infraestrutura e diversificar os modais de transportes são iniciativas imprescindíveis para reduzir os custos dos serviços e de produção. Por isso, no Espírito Santo, a Federação trabalha para viabilizar projetos:

  • Ferroviários: melhoria e modernização da FCA e da EF-118
  • Rodoviários: duplicação da BR-262 e da BR-101
  • Aquaviários: investimentos fruto da privatização da Codesa, além do avanço na construção de novos portos, como Porto Central, Porto da Imetame e Petrocity

Vale lembrar que as principais capitais brasileiras estão em um raio de 1.200 km do Espírito Santo, ou seja, o Estado está muito próximo de 60% do PIB nacional.

Acesse os principais dados da pesquisa clicando aqui.

 

 

Por Siumara Gonçalves com informações da Agência de Notícias da indústria

 

RELAÇÕES COM A IMPRENSA | FINDES

Siumara Gonçalves – Assessoria de Imprensa
Telefone: (27) 9.9728-4606
E-mail: [email protected] 

Beatriz Seixas – Assessoria de Imprensa  
Telefone: (27) 9.9909-7280
E-mail: [email protected]     

Conteúdos Relacionados

Conteúdos Recentes

31 de outubro de 2024
Fórum IEL de Gestão 2024: Liderança, inovação e personalidades inspiradoras marcam o segundo dia 
31 de outubro de 2024
Fórum IEL de Gestão 2024 destaca a importância da liderança transformadora
31 de outubro de 2024
Anuário IEL: Maiores empresas do ES ultrapassaram os R$ 182 bilhões em receita operacional