Ter uma boa infraestrutura é fundamental para que um país seja mais competitivo. Uma pesquisa inédita da CNI sobre o tema mostrou que 38% das indústrias mudariam a operação que realizam hoje por rodovia para outro modal.
Os dados do estudo, que ouviu 2,5 mil executivos de pequenas a grandes empresas do país, foram divulgados na última terça-feira (18).
Segundo a pesquisa, 28,5% das empresas escolheriam realizar suas operação por ferrovias se houvesse condições de infraestrutura adequadas para o escoamento de produtos.
Elas só não o fazem porque avaliam que hoje o setor ferroviário apresenta as piores condições entre os tipos de transportes. Hoje, 31% dos empresários consideram as ferrovias ruins ou péssimas.
Vale ressaltar que, atualmente, apenas 8% das indústrias usam as ferrovias para transportar sua produção. Além disso, pesquisa mostrou que 99% das empresas utilizam caminhões como principais meio de transporte.
A diversificação dos modais de transportes significa para os executivos perspectiva de redução de custos (64%) e maior agilidade para a entrega do produto (16%).
Para 84% dos entrevistados, atualmente, o custo do transporte e da logística na indústria é alto ou muito alto por conta de problemas como:
- Frete como o principal custo logístico (79%)
- Roubo de cargas (22%)
- Má condição dos modais (20%)
- Má qualidade da frota (7%)
Dessa forma, se reduzissem o custo de transporte, ganhariam mais competitividade no mercado. Porém, para isso ocorrer, é preciso que o país invista mais em logística.
Segundo a CNI, o país aporta em infraestrutura de transportes apenas 0,65% do PIB nacional. O patamar ideal para modernizar toda a logística de transportes do país seria o equivalente a 2% do PIB.
Na lista dos principais gargalos de transporte que precisam ser solucionados no país ainda temos: infraestrutura das rodovias (67%), infraestrutura de ferrovias (34%), ampliação/duplicação de rodovias (10%), custo do combustível (9%) e acesso aos portos (9%).
Para a Findes, aumentar os investimentos em infraestrutura e diversificar os modais de transportes são iniciativas imprescindíveis para reduzir os custos dos serviços e de produção. Por isso, no Espírito Santo, a Federação trabalha para viabilizar projetos:
- Ferroviários: melhoria e modernização da FCA e da EF-118
- Rodoviários: duplicação da BR-262 e da BR-101
- Aquaviários: investimentos fruto da privatização da Codesa, além do avanço na construção de novos portos, como Porto Central, Porto da Imetame e Petrocity
Vale lembrar que as principais capitais brasileiras estão em um raio de 1.200 km do Espírito Santo, ou seja, o Estado está muito próximo de 60% do PIB nacional.
Acesse os principais dados da pesquisa clicando aqui.
Por Siumara Gonçalves com informações da Agência de Notícias da indústria
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