Durante o evento de 2023, Cris Samorini falou sobre avanços nos resultados da Federação e da Indústria, como melhoria das receitas de serviços, matrículas em cursos, além de investimentos para os próximos anos
“Nossa responsabilidade enquanto Federação das Indústrias do Espírito Santo é gigante, assim como a nossa indústria capixaba. Estamos fazendo escolhas hoje de olho no futuro que queremos construir.” É o que apontou a presidente da Findes, Cris Samorini, durante o Encontro da Indústria 2023, que aconteceu na última quinta-feira (23), em Vitória.
O evento anual realizado pela Federação e pelo Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes) reuniu empresários, lideranças e autoridades políticas para reconhecer e homenagear personalidades que se dedicam ao desenvolvimento industrial do Estado e ao crescimento do setor.
Cris Samorini foi a anfitriã do evento e apresentou aos convidados um panorama das realizações da Findes nos últimos quatro anos e as perspectivas para os próximos anos. A Federação representa hoje 38 sindicatos e 16,2 mil indústrias, que geram 232,7 mil empregos formais no Estado.
A presidente também mostrou que a Findes vem crescendo e aumentando sua representatividade em pautas de interesse da indústria capixaba por meio de dados e análises qualificadas e de sua equipe técnica. “Hoje temos uma atuação proativa da Área de Desenvolvimento e Competitividade Industrial da Findes. Acompanhamos de perto e monitoramos temas fundamentais para ampliar a competitividade industrial, o ambiente de negócios e o acesso aos mercados.”
A industrial capixaba explicou que ao longo de sua gestão, iniciada no segundo semestre de 2020, houve aumento de receita global (que exclui a contribuição compulsória dos sindicatos) da Findes.
Segundo ela, em 2020, a receita global da Findes foi de R$ 81,9 milhões. Já neste ano, ela será de R$ 128,6 milhões. E, para 2024, a projeção é que a receita seja 57% maior do que em 2020, chegando a R$ 150,1 milhões em produtos e serviços ofertados para pessoas físicas e jurídicas.
“Estamos gerando mais negócios e com isso mais oportunidades. O crescimento de receitas em prol do setor produtivo é fruto da modernização e da profissionalização que a Findes vem trabalhando nos últimos anos”, enfatizou a industrial.
A atuação da Findes também vem fortalecendo as micro e pequenas empresas. De janeiro a novembro a Federação atendeu mais de 1,6 mil empresas. Desse total, 45% eram micro, 34% pequenas, 16% médias e 5% grandes negócios.
“Estamos ampliando a sustentabilidade das receitas, mas sem perder de vista o aumento da nossa base de cobertura e o atendimento às micro, pequenas e médias empresa. As empresas de menor porte são muito importantes para o Estado”, enfatiza Cris.
Uma das iniciativas que a Findes está desenvolvendo é a elaboração de do seu Plano Estratégico de Longo Prazo (PLP), um projeto que vai direcionar o trabalho da Federação até 2035.
Cris Samorini comentou que é preciso olhar e resolver as dores dos setores, das indústrias e dos industriais capixabas. “Dessa forma, fizemos um trabalho junto aos nossos sindicatos e lideranças relevantes da indústria para construir e endereçar o futuro da indústria capixaba. Não estamos olhando unicamente para a Findes, mas para todas as entidades da Federação: Findes, Cindes, Sesi, Senai, IEL e Observatório da Indústria”, explicou.
Por meio do Sesi, a Findes leva saúde e segurança para o trabalhador, fortalece a cultura no Estado e atua na educação básica de excelência.
O Sesi Saúde vem ampliando a sua atuação no Espírito Santo. Em 2020, atendia 41 municípios do Estado. Já neste ano, até novembro, está presente em 73 cidades. A meta para 2024 e estar em todos os 78 municípios capixabas e atender 60 mil trabalhadores.
Já quando olhamos para a educação vemos que o Espírito Santo, por exemplo, foi o primeiro estado da região Sudeste e o quinto do Brasil a ter uma Escola Sesi de Referência. Foram investidos R$ 37 milhões para a construção da unidade, localizada em Jardim da Penha, Vitória.
“Me orgulho muito em dizer que o Sesi é a maior rede de ensino privado do Estado. Hoje atendemos 10 mil alunos em 12 unidades de ensino espalhadas pelo Espírito Santo. Investir em educação é investir no presente e no futuro. Por isso, nos próximos anos teremos mais escolas de referência no Estado. Até 2025, serão R$ 109 milhões em investimentos em cinco unidades”, declarou Cris Samorini.
Já o Senai tem um papel fundamental no desenvolvimento soluções inovadoras e tecnológicas e na qualificação profissional dos trabalhadores da Indústria. “Hoje temos 36 projetos de inovação em andamento no Findeslab e no IST. Já atendemos mais de 360 empresas com serviços de inovação e tecnologia”, disse.
Todos os dias o Senai coloca no mercado 85 profissionais de excelência formados. E cada vez mais a instituição vem trabalhando para ampliar este número. Por isso, a oferta de cursos e de matrículas tem crescido e irá continuar avançando. De janeiro a outubro, foram mais de 43,8 mil pessoas matriculadas em cursos e, para 2024, nossa meta é de quase 56 mil matrículas.
“Todos os dias ouvimos sobre os desafios que muitos empresários têm para achar mão de obra qualificada. Por isso, no ano que vem, vamos aumentar em 27% o volume de matrículas. E queremos que a nossa indústria supere esse gargalo e possa ter trabalhadores que contribuam cada vez mais para a produtividade das empresas. Sabemos da qualidade dos nossos alunos – oito em cada 10 egressos do Senai estão empregados – e sabemos também da nossa responsabilidade para fortalecer a formação profissional.”
Outro posto que a presidente destacou foi a diversidade dentro das empresas. “A Federação tem tido cada vez mais um olhar para a diversidade e inclusão na indústria. Também é um papel nosso, enquanto federação, contribuir para o aumento da participação feminina. Por isso, temos como meta, até 2035, apliar a participação de mulheres nos nossos cursos ofertados pelo Senai de 34% para 50%”, explicou.
A presidente da Findes destacou ainda como o Observatório da Indústria vem contribuindo para o fortalecimento da reputação da Federação.
“Por meio de inteligência de dados, estudos, pesquisas de indicadores e do planejamento estratégico setorial do Espírito Santo, o Observatório vem mostrando sua relevância no Estado e no país. Hoje já fizemos projetos com a CNI, Observatório Nacional da Indústria, Firjan/Petrobras e Sebrae”, disse.
A formação e a capacitação de lideranças capixabas é uma necessidade constante das empresas. Pensando no futuro da educação da média gestão, o IEL-ES inaugurou neste mês a Academia Findes de Negócios, que é um marco para a oferta de cursos focados em executivos e líderes em desenvolvimento.
“Ela vai agregar o conhecimento e a experiência dos empresários à dinâmica dos cursos ofertados. Com isso, saímos de um modelo baseado num olhar mais técnico sobre os cursos do IEL e passamos para um em que o cliente e a indústria estão no centro das discussões”, apontou a presidente da Findes.
Já entre os projetos que o Cindes desenvolve está o Ciclo de Formação Cindes Jovem, que desenvolve, capacita e estimula a formação de novas lideranças. Vamos expandir o Ciclo, ampliando o número de participantes e levando o programa para outros municípios do Estado.”
Por Siumara Gonçalves
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