Realizado pela Findes e pelo Cindes, a 13ª edição do encontro reuniu empresários e lideranças do ES em Pedra Azul
Em sua 13ª edição, o Meeting de Líderes Industriais reuniu empresários e lideranças capixabas para debater os desafios e as oportunidades para a indústria, o cenário político-econômico e o futuro do Espírito Santo e do Brasil.
O evento, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de novembro, em Pedra Azul, também destacou lições de empreendedorismo, abordou como transformar os negócios a partir dos sonhos dos clientes e foi uma excelente oportunidade de integração entre os participantes.
Realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e pelo Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), o Meeting já virou tradição no calendário capixaba e mais uma vez trouxe nomes relevantes para o centro do debate, como o economista Samy Dana e o CEO do Rock in Rio, Luis Justo.
No primeiro dia do encontro, a presidente da Findes, Cris Samorini, deu as boas-vindas aos convidados e frisou a importância da realização do evento como um momento de aprendizado, troca de conhecimento e de experiências. Ela também reforçou o papel da indústria no desenvolvimento do Espírito Santo.
“Temos diversos motivos para estarmos otimistas. Não um otimismo irresponsável, descolado da realidade, mas alicerçado em números e evidências que confirmam o rumo certo que estamos a trilhar. E, nesse ponto, o nosso setor tem dado grande contribuição, com novos projetos e investimentos em qualificação e inovação. Acreditamos na indústria como farol do desenvolvimento.”
Para o vice-presidente do Cindes, Raphael Cassaro, ao promover debates de temas importantes para a economia, o Meeting contribui para ampliar a competitividade das indústrias e para que elas conquistem novos mercados.
Aliás, tornar as empresas brasileiras mais competitivas globalmente foi um dos pontos abordados pelo economista Samy Dana em sua palestra. De acordo com ele, é fundamental que o Brasil avance em questões que travam o crescimento dos negócios, como complexidade da carga tributária e a educação deficitária.
“Precisamos melhorar a produtividade do país. Quatro brasileiros equivalem a um americano em produtividade, e perdemos também na comparação com países como Chile e Colômbia. Esse é um ponto determinante a avançarmos.”
A discussão sobre melhorias dos processos produtivos e cenários que teremos para o próximo ano na política e na economia nacional continuou com um bate-papo entre Samy Dana, a presidente da Findes, Cris Samorini, e o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel.
Na ocasião, Mabel observou que o novo governo precisa desenvolver uma política industrial bem estruturada, passar a valorizar mais o ensino técnico e estimular iniciativas que agreguem cada vez mais valor às cadeias produtivas. “Nenhum país, nenhum estado, vai ser rico se só produzir matéria-prima. É preciso industrializar.”
Empreender sonhos
Outro momento-chave da programação do 13º Meeting de Líderes Industriais foi a palestra do CEO do Rock in Rio, Luis Justo, que jogou luz para a importância de as empresas olharem para o cliente e não apenas para o produto.
“Devemos tirar o foco do produto e direcioná-lo para uma proposta de valor, para a experiência do cliente. Por isso, entender a jornada do cliente e ter uma escuta ativa são pontos cruciais nesse processo.”
Ao longo da sua apresentação, o executivo compartilhou com a plateia cases de sucesso de companhias que tiveram a sensibilidade, a coragem e a estratégia de se guiarem pelas experiências para conquistar cada vez mais clientes e o mercado.
Além de falar sobre o trabalho que realiza em um dos maiores festivais de música do mundo, Justo também citou casos e inovações da Disney, da Uber e do Itaú. Para ele, empreender sonhos é o caminho para estar cada vez mais próximo do consumidor.
Autoridades e lideranças marcam presença em Pedra Azul
Também enriqueceram o 13º Meeting de Líderes Industriais nomes como o do governador do Estado, Renato Casagrande, o do vice-governador eleito, Ricardo Ferraço, o da procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade, o do presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Sandro Mabel, além de presidentes de sindicados das indústrias e outras lideranças.
O 13º Meeting de Líderes Industriais contou com o patrocínio da: Confederação Nacional da Indústria (CNI), Samarco, Suzano, Vale, Arcelor Mittal, Bandes, EDP, Sicoob, VLI, Furtado Nemer Advogados, Damare e Garoto. E também com o apoio das empresas: Alfa Emergências Médicas, Água Pedra Azul e Ranking Gestão de Frotas.
Confira o que disseram alguns dos participantes do evento
“Somos 16 mil indústrias no ES. Geramos 220 mil empregos e representamos 26,5% do PIB. Somos responsáveis por 91% de tudo o que o Estado exporta para o mundo. Também é a indústria a responsável por quase 70% dos investimentos em pesquisa e inovação no Brasil. Nossos dados e nossas entregas são relevantes, assim como nosso papel nesta nova fase do país. Por isso, acredito mais do que nunca que devemos estar unidos para fazer prevalecer a agenda que tanto acreditamos, uma agenda que será capaz de tirar o Brasil do atraso.”
Cris Samorini, presidente da Findes
“Nós empresários não podemos criar instabilidade, isso é a pior coisa para quem empreende. Se criarmos instabilidade é aí que todo mundo retrai. Devemos ajudar a economia a se desenvolver e contribuir para conduzir o país rumo ao futuro que desejamos.”
Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg)
“Este é um evento importante para a evolução da nossa sociedade capixaba. Trabalharemos juntos, cada qual com seu papel institucional, para alcançarmos uma sociedade mais justa, ética e sustentável.”
Luciana Andrade, procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do ES (MPES)
“Não tem atividade econômica que se sustente se não houver uma indústria forte. A indústria é a base, é a mãe de todas as atividades econômicas. Um país não tem soberania se não tiver uma indústria forte. Queremos que cada vez mais o ES tenha uma indústria fortalecida.”
Renato Casagrande, governador do ES
“O Estado saiu dos anos 50 de uma economia agrícola para uma economia que vem se apresentando ao país e ao mundo como o Brasil que dá certo, e precisamos ter muito orgulho dessa obra coletiva que estamos construindo ao longo deste tempo todo. Nossa economia hoje é muito mais sofisticada. Depois de tudo o que enfrentamos, estamos crescendo acima da média nacional, e isso é fruto da harmonia que construímos. Porque o bom ambiente de negócios, a previsibilidade e a confiança são muito importantes.”
Ricardo Ferraço, vice-governador eleito do ES
Por Beatriz Seixas
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