O Gabinete de Gestão Integrada Ambiental (GGIA), composto por especialistas de vários órgãos e setores da sociedade, se reuniu na tarde desta quinta-feira (12), para discutir um dos temas mais importantes dos últimos dias chamado de “crise hídrica”.
A escassez de chuvas no País, o desperdício de água em muitas cidades, o assoreamento dos rios, o tratamento do esgoto e a destinação do lixo doméstico foram alguns dos pontos discutidos por especialistas que enxergam essa questão por diferentes ângulos. O encontro aconteceu no gabinete do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, em Bento Ferreira.
Na avaliação do prefeito de Vitória, se forem somados os diferentes ângulos do mesmo cenário, o GGIA pode fazer uma interpretação melhor. “Estamos juntando pessoas que têm experiências na área ambiental para discutir água, pó preto, esgoto, arborização, energia limpa, reciclagem e outros temas pra que possamos produzir decretos, leis, ações, articulações e irmos avançando nessa questão”, explicou o prefeito Luciano.
O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) Wilmar Barros Barbosa, participou da reunião e destacou as ações da indústria.
“O setor indústria está atuando junto ao governo do Estado e as entidades organizadas. Estamos elaborando junto ao Conselho Temático de Energia da Federação (Conerg), um planejamento estratégico, buscando novas tecnologias para o reuso da água e a produção de energia limpa. Algumas indústrias já adotam estes meios de economia em nosso Estado”, pontuou.
O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual do Meio Ambiente, Marcelo Lemos, participou da reunião e disse que o País está passando por um período de falta de chuvas, onde a escassez de água e o desperdício são notórios.
Segundo Lemos, o Ministério Público se fez presente para ouvir as necessidades de cada órgão representado. “Vamos traçar uma forma de trabalho em conjunto. O Ministério Público não pode ser só punitivo. Ele tem que passar a ser um órgão de resolução e ficar mais perto da sociedade”, disse.
Além do MPE e da PMV, participaram do primeiro encontro do GGIA representantes das prefeituras de Guarapari, Vila Velha, Domingos Martins, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Cariacica, a maioria dessas cidades é cortada por rios que abastecem a Grande Vitória.
Também estavam na reunião o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Polícia Militar Ambiental, Sebrae, Sindicato Patronal de Condomínios, Cesan, Associação Comercial de Vitória, Federação das Indústrias do Estado (Findes) e Câmara de Vereadores.
O GGIA marcou sua próxima reunião para o dia 12 de março, às 15 horas, quando os membros deverão trazer dados sobre desperdício de água tratada, o que cada cidade ou segmento está fazendo para minimizar o problema da seca, além de novas ideias que possam ser colocadas em prática.
Com informações da assessoria de comunicação da prefeitura municipal de Vitória.