Com o tema “Educação que Transforma”, o Sistema Findes realizou, na última sexta-feira, dia 20 de fevereiro, a 10ª edição anual da Convenção Sesi/Senai/IEL. O evento, realizado para mais de mil educadores no Centro de Convenções de Vitória, abriu a discussão sobre as novas formas de ensinar e como essa transformação do ambiente escolar ajuda na evolução do aprendizado de cada aluno.
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Como forma de homenagem, foi exibido um vídeo que descrevia em poucas palavras a importância de cada professor no ato de ensinar. Um momento onde todos se emocionaram e se identificaram como pessoas essenciais na formação dos alunos como cidadãos.
Antes de iniciar a programação do evento, a mestre de cerimônia Viviane Mosé convidou todos a cantarem o Hino Nacional, executado ao som de violão e voz do ex-aluno da unidade Sesi Cobilândia, Joaquim Cleverson Bahiense dos Santos. O primeiro vice-presidente da Findes, Gibson Reggiani – representando o presidente do Sistema Findes Marcos Guerra -, fez a abertura oficial do evento falando sobre a essência da educação.
“Educar é o ato mais nobre que um ser humano pode realizar. Fico lisonjeado por estar presente em um evento desta importância, diante de tantos profissionais da maior rede privada de ensino do Espírito Santo. Que este espaço sirva para energizar nossos educadores, provocar reflexão e uma visão mais humana da sala de aula. Não há desenvolvimento social e econômico se não houver educação”, destacou Gibson Reggiani.
Desde 2006, a Convenção contou com 8.300 participantes e recebeu 42 palestrantes. Em seu pronunciamento, a superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira, agradeceu a todos os presentes e ao idealizador do evento. “Meu coração está cheio de alegria por mais este ano letivo que se inicia. Agradeço aos educadores, que transformam todos os dias o conceito da educação. Esta é a 10ª vez que participo desse momento, e graças ao Ricardo Barbosa, que teve essa grande ideia em 2005”, disse.
“O objetivo era recepcionar a todos no início do ano. Sintam-se abraçados por todos nós da Diretoria. A diferença neste país será a participação de todos vocês, educadores, na vida de cada aluno”, finalizou Ricardo Barbosa, diretor da Findes.
Palestrantes da Convenção discutem como transformar, criar uma nova identidade e avaliar a educação
Foi com arte, mágica, malabarismo e palhaçada que o Circo Grock fez todos os professores e docentes darem boas gargalhadas durante sua apresentação motivacional na 10ª Convenção Sesi/Senai/IEL. Com brincadeiras no palco e integração com os participantes, ao final do espetáculo foi deixada uma grande mensagem: “Quando nós nos fechamos por medo, ficamos cegos e não enxergamos as mudanças. Não se iluda, nosso processo de educação começa por dentro. Não criamos; descobrimos o que já existe. É com a descoberta que fazemos um grande espetáculo”.
“Para falar em educação que transforma é preciso pensar em tecnologias”. Foi assim que o palestrante Rivadávia Drummond abriu o círculo de palestras do evento deste ano. Abordando o tema principal, “Educação que transforma”, o professor falou sobre a evolução das tecnologias e citou alguns produtos e processos que não evoluíram ao longo dos anos e acabaram por desaparecer. “O filme Kodak, o walkman, o mimeógrafo, são exemplos de objetos que não evoluíram e, no lugar, novas peças, mais modernas, surgiram. Assim é no nosso dia a dia: as pessoas, a linguagem, o pensamento se renovam a cada ano”.
Rivadávia pediu aos educadores que fizessem uma autoavaliação do que cada um faz de diferente na sala de aula e como estão renovando a forma de educar. “É preciso pensar no que valeu a pena no passado para saber o que usaremos ou não no nosso dia a dia. Usar a tecnologia a nosso favor é inovar no modo de ensinar e inserir um elemento de transformação na sala de aula”, concluiu.
Roberto DaMatta iniciou a sua palestra, “Democracia, Educação e Cidadania”, destacando a busca pela identidade e pelo reconhecimento na sociedade. “Mesmo tendo uma alta tecnologia ao nosso redor, continuamos a realizar ritos de passagem clássicos, como comemorar aniversários e promover funerais. Porém, acredito, esses rituais abrem parênteses e geram consciência e reconhecimento”. Segundo DaMatta, o ritual ajuda o aluno a ocupar um papel social e descobrir sua identidade. “O diálogo entre os papéis deve existir. Qual é o nosso papel dentro da sociedade? Se queremos construir um país melhor, temos que ser otimistas e inovadores. O papel do professor é ajudar o aluno, dando liberdade de expressão e rituais diários também. É transformar a rotina em algo inovador dentro de sala de aula”, afirmou.
E para encerrar a Convenção, o jornalista e apresentador de TV Serginho Groisman falou sobre os atuais desafios da Educação. “Antes de me graduar em Jornalismo, tentei os cursos de Direito e História, mas sem concluir. Me incomodava a forma como os professores ensinavam as disciplinas e como os alunos reagiam. Queria algo diferente, algo que permitisse que o aluno interagisse também. Após me formar jornalista, busquei inovar o modo de dar aula e, como professor, procurei escutar a opinião dos alunos”, contou. E foi em forma de debate que Serginho Groisman respondeu às perguntas dos educadores; ouviu as opiniões sobre a profissão de professor e as experiências do dia a dia em sala de aula; abordou temas polêmicos como bullying e agressão; e, ao final, fez um questionamento para todos analisarem: “Qual o futuro da nossa educação?”, concluindo em seguida com um conselho: “Ame a sua profissão: educar”.
Para encerrar a 10ª Convenção Sesi/Senai/IEL, foram sorteados dois brindes. A ganhadora da TV de plasma foi Ellen Scopel Cometti, da Divisão de Educação Profissional. Já Leiza de Oliveira Pinto, da unidade Sesi Laranjeiras, ganhou um tablet.