Educação deve gerar desenvolvimento, defende presidente do Instituto Ayrton Senna

“Precisamos de uma educação mais eficiente, que desenvolva competências clássicas e prepare cidadãos para o século XXI”. A afirmação da presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, deu o tom da palestra promovida na tarde dessa terça-feira, dia 30 de maio, na sede da Findes. O evento reuniu representantes dos setores produtivos, lideranças políticas e empresariais do Espírito Santo para debater a importância da educação para o desenvolvimento econômico.

Um dos convidados do evento, o economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros, criticou o baixo ganho de produtividade no Brasil. “A Coreia do Sul consegue transformar cada ano na escola em sete mil dólares a mais de produtividade (Produto Interno Bruto – PIB – por trabalhador). No Chile, cada série representa três mil dólares. No Brasil, nos últimos 30 anos de educação, a escolaridade não representou nem mil dólares de ganho”, exemplificou.

Como resultado, pontua Paes de Barros, a relação entre escolaridade e remuneração vem sofrendo declínio acentuado. “Como convencer o jovem a continuar estudando se hoje pagamos um terço a menos do que pagávamos 15 anos atrás para cada grau de escolaridade? É preciso formar mais, sobretudo, formar melhor. A educação brasileira ensina conteúdos que geram valor intrínseco, mas não contribuem para o desenvolvimento econômico”, citou.

Viviane Senna enfatizou a importância da educação na construção do futuro do Brasil. “Todos os países desenvolvidos superaram desafios básicos da educação, como formar alunos que saibam ler, escrever e calcular. O Brasil não fez seu dever de casa. O mundo avançou e, agora, diante das competências exigidas, é preciso dar um salto ainda maior, preparando jovens com novas habilidades socioemocionais”, argumentou.

O encontro teve a participação do presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, do vice-governador César Colnago, do secretário Estadual de Educação, Haroldo Corrêa Rocha, além de membros das federações da Agricultura (Faes), do Comércio (Fecomércio) e dos Transportes (Fetransportes). Para Guerra, o debate ratifica os investimentos realizados pelas entidades do Sistema Findes nos últimos seis anos.

“Fico feliz por perceber que as apresentações vão ao encontro do que realizamos à frente da Federação nos últimos anos. Percebemos que não é possível gerar desenvolvimento econômico sem profissionais qualificados. A partir do diálogo com lideranças industriais, desenvolvemos um plano que priorizou a educação, levando o Sistema Findes a todas as regiões. É por meio da qualificação profissional que vamos gerar um Estado mais forte”, lembrou.

Por Rafael Porto

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