Corredor Centro-Leste favorece exportações para o Brasil

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra), realizou nesta terça-feira (22) um webinar com o tema “Corredor Centro-Leste: uma saída muito competitiva para o Cerrado Brasileiro”. O evento contou com a participação do presidente emérito da Findes Léo de Castro, do ex-senador da República Ricardo Ferraço e do sócio da Eagle Consultoria, Tiago Buss, que conduziu a apresentação.

O objetivo da webinar foi demonstrar que os portos do “Arco Leste” (conjunto dos portos do Espírito Santo) terão capacidade de exportar 42 milhões de toneladas de grãos nos próximos anos. Neste momento em que estão sendo renovadas as concessões ferroviárias brasileiras, o evento teve o intuito de ressaltar a importância do Corredor Centro-Leste para o Espírito Santo.

A Findes tem participado ativamente da construção de uma pauta de retomada do crescimento industrial do Espírito Santo, com foco na elaboração das melhores políticas industriais, em parceria com as diversas esferas de governo. A presidente da Findes, Cris Samorini destaca que, entre as ações planejadas, o investimento na infraestrutura logística é um dos pilares principais, sendo que as questões ferroviárias têm prioridade emergencial.

“O contorno de Serra do Tigre é uma obra essencial, na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), para conectar o Centro-Oeste brasileiro à estrada de Ferro Vitória a Minas, na região metropolitana de Belo Horizonte, e a partir daí aos portos capixabas. Esta é hoje, sem dúvidas, a obra mais importante para melhorar a integração logística do ES ao Brasil”, disse Cris Samorini.

O Cerrado Brasileiro hoje é considerado o celeiro do mundo e representa a maior fonte de divisas do país. Para continuar exportando a riqueza que produz com tanta competência, precisa de saídas (e entradas) logísticas capacitadas em atender o volume de produção.

O presidente emérito da Findes Léo de Castro destacou os principais pontos positivos desta obra. “Essa estrada de ferro que vai do Centro do Cerrado à Costa do Espírito Santo, vai oferecer competição entre prestadores de serviços logísticos, estimulando a redução de custos. Além disso, se tornará um importante canal de exportação para o agronegócio. Outro ponto importante é também a priorização do modal ferroviário e sobre a conveniência de onde aportar recursos para se capacitar a malha a dar maior retorno no menor tempo”, disse Léo de Castro.

Na ocasião, foi citada a crescente de produção e exportação de grãos do Cerrado Brasileiro, demandando mais capacidade de escoamento de produção, tanto em ferrovias quanto nos portos nacionais.

O sócio da Eagle Consultoria, Tiago Buss apresentou parte dos estudos que estão sendo realizados pela Findes, indicando que o Espírito Santo se mostra uma opção com muitas vantagens competitivas para o agronegócio, tendo em vista a infraestrutura portuária em implantação caso haja melhorias nos gargalos ferroviários atuais. Além disso, o país terá significativa redução do custo Brasil se tais alternativas sejam implementadas.

Por Raianne Trevelin

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