Comitê vai fazer diagnóstico da governança das indústrias no país

Lançamento do Comitê Governança para a Indústria | Foto: Diego Campos/CNI

A Rede Governança Brasil, com o apoio do Instituto Latino-Americano de Governança e Compliance Público, realizou na terça-feira (2/5), em Brasília, o lançamento do Comitê de Governança para a Indústria, que será coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Umas das primeiras ações do projeto será a realização do diagnóstico da maturidade da governança corporativa em diferentes segmentos da indústria, previsto para iniciar no segundo semestre deste ano. 

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e coordenadora do Comitê de Governança para a Indústria da RGB, Cris Samorini, falou sobre a expectativa da criação desse novo eixo temático da Rede.  

“Há cinco meses estávamos pensando como seria o início do trabalho tendo um setor que tem muita representatividade no Brasil, em especial, número de empresas e de colaboradores ligados, e desde então estamos planejando e vamos desenvolver esse programa por etapas”, disse.  

Durante a construção do plano foi feita uma mensuração para saber qual o estágio que a indústria brasileira entende sobre o tema de governança e atuação do processo dentro das empresas. Segundo Cris Samorini, umas das primeiras ações do comitê, no segundo semestre deste ano, será o início do diagnóstico em diferentes segmentos da indústria.  

Outro tema destacado pela presidente da Findes foi referente a notícias sobre a desindustrialização no país. “Temos alguns problemas históricos que precisam ser resolvidos, e um deles é o ambiente mais organizado dessas boas práticas que a governança traz e isso é um grande potencial. Há muito espaço para crescimento das indústrias no Brasil, porque gera maior número de empregos, renda e investimentos”, finalizou.  

Em parceria com a CNI, RGB lança Comitê de Governança para a Indústria 

O novo comitê da RGB tem como objetivo incluir as contribuições do setor industrial para o fortalecimento da pauta de governança no Brasil. Umas das principais entregas para 2022 será a realização de diagnósticos voltados para os níveis de maturidade da governança e integridade no ambiente de gestão do setor produtivo.  

Em 2020, o Brasil contava com 467.744 estabelecimentos industriais, dos quais 71,5 % são micro empresas, 22,3% pequenas, 5% médias e 1,2% grandes, de acordo com dados da CNI.  

Robson Braga, presidente da CNI, durante o lançamento do Comitê Governança para a Indústria | Foto: Diego Campos/CNI

 

Para o presidente da CNI, Robson de Andrade, governança e compliance são palavras de ordem em todos os setores da economia, governo e atividades empresariais e públicas no Brasil. 

“É importante demais que tenhamos um olhar mais dedicado para o setor industrial e que possamos, através de um comitê como esse, divulgar para as indústrias as ações que devem ser feitas, programas, projetos e a importância de uma governança bem feita para que a gente possa continuar desenvolvendo a indústria do ponto de vista ético e de integridade”, observou. 

O presidente da CNI disse ainda que a Rede está fazendo um trabalho importantíssimo para unir todos os empreendedores, governo, estados e municípios em torno de projetos de governança.  

O embaixador da RGB e ministro do TCU, Augusto Nardes, avaliou que trata-se de uma oportunidade de transformação necessária no ambiente de negócios. “Eu vejo um grande horizonte, porque a indústria é muito importante para nação, já que ela gera muitos empregos e riqueza. Nós estamos precisando de uma política mais agressiva na indústria do país, pois nós perdemos terreno nos últimos tempos”, enfatizou.  

De acordo com o ministro, o Comitê de Governança para a Indústria vai sincronizar os trabalhos voltados para o setor com a liderança e fortalecimento da CNI à frente da articulação. “A governança vem para ajudar a Confederação Nacional da Indústria para que possamos agregar uma política de apoio a esse trabalho fantástico que o Robson já faz de fortalecimento da indústria. A parceria com a CNI é decisiva para fortalecer a nossa entidade para o conjunto da nação brasileira”, justificou.  

Já o membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presidente da RGB, Flávio Feitosa, explicou que a Rede possui comitês com a participação de voluntários que dialogam sobre importantes temáticas e focam na entrega de resultados para sociedade. 

“Comitê da indústria não poderia ficar de fora. Esse momento que a RGB vai começar a atuar no contexto da indústria é de grande relevância não somente para RGB e indústria, mas também para Brasil. Esse momento de lançamento do comitê tem uma peculiaridade por estarmos lançando junto com um grande parceiro que é a CNI. Estamos começando com o pé direito, com apoio e suporte da Confederação”.  

Ainda conforme o presidente da RGB, as parcerias da entidade estão sendo importantes para atingir os resultados esperados. Atualmente, a Rede conta com parcerias do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Conselho Federal de Administração (CFA) e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).  

Já o diretor de administração e finanças da Valec e coordenador do Comitê de Governança e Estatais da RGB, Márcio Medeiros, comentou que a RGB está conseguindo abranger todas as temáticas de atuação da economia e funcionamento do país. “Com a entrada da CNI vamos conseguir abraçar as instituições que têm uma penetração na tomada de decisão do país. Um poder de influência fundamental. O que queremos é aprimorar a governança e disseminar as boas práticas em diversos segmentos, como indústria, comércio… setores público e privado”, explicou 

 

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