Pela primeira vez, Olimpíada do Conhecimento incluirá prova para aferir cursos técnicos e de qualificação
Alunos do Senai-ES terão que mostrar tudo o que aprenderam em sala de aula durante a maior competição de educação profissional das Américas. Isso porque a qualidade do ensino profissional e de qualificação oferecidos pela entidade será avaliada durante a realização da 9ª Olimpíada do Conhecimento (OC), que está sendo realizada até o próximo domingo, dia 13 de novembro.
As provas serão feitas pelos estudantes em fase de conclusão de cursos técnicos e de qualificação e fazem parte do Sistema de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica (SAEP). Dentre os capixabas participantes, há representantes das áreas de Mecânica, de Elétrica, de Logística, de Segurança do Trabalho, Edificações e Vestuário.
Capixabas que já concluíram pelo menos 80% dos cursos estão participando do SAEP
As avaliações começaram no primeiro dia da competição e prosseguem até o último dia do evento. Cada prova será individual e terá duração de seis horas para os cursos técnicos e de 12 horas para os cursos de qualificação. As notas finais, além de atenderem ao SAEP, também serão consideradas para pontuação do Estado no ranking da OC 2016. Para ganhar medalha de ouro, esses estudantes deverão conquistar 75% dos pontos no mínimo.
Para a gerente de Educação do Senai-ES, Zilka Teixeira, além de ajudar na pontuação do Espírito Santo na OC 2016, a avaliação ajudará, principalmente, a melhorar ainda mais os cursos oferecidos pela entidade. “O objetivo da prova é avaliar e analisar a capacidade dos nossos alunos e, a partir daí, implementar medidas para melhorar a gestão e o trabalho pedagógico da instituição”, explica.
Garra e superação capixaba
Entre os capixabas escolhidos para representar a entidade no SAEP, um dos destaques é Marinete Martinelle, de 53 anos, estudante do Senai-ES Centromoda de Colatina. A aluna faz parte do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), e ajudará a avaliar a qualidade da educação profissional para pessoas com deficiência na área de Costura Industrial. Os alunos do PSAI são pessoas com algum tipo de deficiência física, intelectual, psicossocial, auditiva ou visual.
Marinete Martinelle faz parte do Programa Senai de Ações Inclusivas
Deficiente auditiva desde o nascimento, Marinete já tinha experiência na área antes de começar a fazer o curso do Senai-ES. “Eu já trabalhava há alguns anos em uma indústria de confecção de Colatina, mas resolvi fazer o curso Técnico em Vestuário porque queria abrir o meu próprio negócio. O curso me ajudou muito. Hoje entendo todo o processo do negócio e já comprei minhas máquinas para montar o meu próprio ateliê”, diz ela, empolgada.
Sobre a avaliação, explica que o desafio a deixou um pouco apreensiva. “É a primeira vez que participo de algo parecido. Apesar de saber costurar, a competição me deixa um pouco nervosa. Mas acho que me saí bem. Consegui cumprir a minha prova e acredito que ajudarei a representar positivamente o Estado”, finaliza.
Por Breno Arêas