Câmara do Vestuário apresenta pleitos ao Estado: Prazo para o Compete-ES deve ser prorrogado

A Câmara do Vestuário da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) deve encaminhar ao governo do Estado nos próximos dias algumas demandas do setor, para o enfrentamento da pandemia. Essas demandas foram apresentadas em reunião realizada na semana passada entre a Findes e o governo.

Participaram da reunião a presidente da Findes, Cris Samorini, o secretário estadual de Desenvolvimento, Tyago Hoffmann, o presidente do Bandes, Munir Abud, o presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário, Bruno Balarini, o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Colatina (Sinvesco), Paulo Vieira, e José Carlos Bergamin, membro da Câmara Setorial.

Uma das reivindicações do setor era um ajuste nas normas estaduais para conciliar os prazos de adesão ao Refis estadual (Programa de Refinanciamento de Dívidas) e de atualização das empresas inscritas no programa Compete-ES.

O prazo para o Compete-ES foi prorrogado para o dia 31 de maio, mas o Refis estadual começa somente em 01 de julho.

O secretário Tyago Hoffmann afirmou na hora da reunião, realizada no dia 19 de abril, que poderia resolver com uma portaria.

“Esse ponto podem considerar superado, podemos fazer a prorrogação do Compete por 90 dias. O Refis começa em 1º de julho, então as empresas terão tempo suficiente. Podem dar por resolvido”, disse Tyago.

Na ocasião, os representantes do setor apresentaram outros pleitos, como prorrogação do pagamento de ICMS das empresas; valorização do setor para assegurar maior competitividade regional e acesso ao crédito.

IMPORTÂNCIA DO SETOR

“Esse é um setor muito importante para a indústria. O vestuário já vem sofrendo perdas significativas durante a pandemia. É um setor que emprega um volume considerável de pessoas e faz uma complementação importante na renda familiar. E sabemos que, neste momento de maiores restrições, o setor está sofrendo um grande impacto”, disse Cris Samorini.

O presidente da Câmara do Vestuário, Bruno Balarini, falou sobre a necessidade de mobilizar o governo para as demandas.

“Somos dependentes do comércio. Empregamos cerca de 13 mil pessoas no Estado, isso dá 14% das empresas na indústria do ES. É um setor que abrange um volume grande de mão de obra, e essa mão de obra é muito pulverizada. Por exemplo, 64% dos funcionários é composto por mulheres. O setor de confecção é uma porta para o desenvolvimento de várias comunidades”, disse Bruno.

“Sobre o Compete, está resolvido. Sobre a perda de competitividade, vamos dar encaminhamento aos pleitos, analisar e encaminhar internamente. Em relação ao crédito, estamos com as linhas de crédito novo e renegociações. O Bandes e Banestes já fizeram (emprestaram) mais de R$ 900 milhões em quase um ano”, disse Tyago Hoffmann.

A Câmara do Vestuário está finalizando a formalização dos pleitos para encaminhá-los nos próximos dias ao governo.

 

Por André Hees e Raianne Trevelin

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