13/01/2016 – Paralisação da Samarco afeta produção física da indústria capixaba

“A paralisação da Samarco afetará os resultados dos próximos seis meses”, aponta Marcos Guerra

 

A paralisação da mineradora Samarco foi um dos grandes causadores da queda de 11,1% na produção física capixaba em novembro de 2015 – na comparação direta com o mês de outubro. Os números revelados pelo IBGE nessa terça-feira (12) surpreenderam lideranças capixabas e reforçaram a importância da indústria – a segunda maior do Estado, de acordo com o Anuário IEL – para a economia do Espírito Santo.

Em entrevista aos principais veículos de comunicação do Estado, o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, detalhou o ocorrido. “A atividade extrativa sofreu queda de 33% de outubro para novembro, puxando o desempenho da indústria capixaba. O setor extrativo, muito influenciado pela mineração, representa cerca de 80% da produção física industrial”, explicou. “A paralisação da Samarco afetará os resultados dos próximos seis meses”, apontou Guerra.

No acumulado de janeiro a novembro, o Espírito Santo continua com o melhor resultado do país, com crescimento de 6,6% — contra queda de 8,1% do país no mesmo período. O número, de acordo com o presidente, é consequência da ampliação de plantas industriais – P4P da Samarco e oitava Usina da Vale – e da reativação do Terceiro Alto-Forno da ArcelorMittal Tubarão. Em 2016, porém, Guerra não acredita que os números se mantenham em crescimento.

“A Samarco é a maior exportadora do Estado e a 11ª maior do país. Nosso Estado depende muito das commodities, que sofreram redução significativa de preço. Será um ano difícil, com poucos investimentos da iniciativa privada; um momento em que empregadores e trabalhadores deverão dialogar e atuar juntos para preservação dos empregos. A indústria se planejou para enfrentar mais um ano de desafios e evitar novas surpresas”, defendeu.

Uma das soluções para o fortalecimento da indústria capixaba é a diversificação da produção, segundo o presidente da Findes. “O Governo do Estado tem buscado atrair novos investimentos, trazendo uma indústria de maior conteúdo tecnológico e valor agregado para o Espírito Santo. Indústrias como Estaleiro Jurong, Marcopolo/Volare, Itatiaia, entre outras, movimentam uma nova cadeia produtiva e estimulam o surgimento de indústrias-satélites em seu entorno”.

 

Variação (%)

Novembro 2015/
Outubro 2015*

Novembro 2015/
Novembro 2014

Acumulado
Janeiro-Novembro

 

Amazonas

-2,1

-19,9

-15,8

 

Pará

1,9

5,5

5,9

 

Região Nordeste

-2,8

-6,9

-2,8

 

Ceará

-4,5

-10,7

-9,4

 

Pernambuco

3,5

-1,0

-3,1

 

Bahia

-2,0

-13,3

-7,1

 

Minas Gerais

-4,0

-12,0

-7,5

 

Espírito Santo

-11,1

-19,8

6,6

 

Rio de Janeiro

1,2

-10,1

-6,2

 

São Paulo

-2,6

-13,3

-10,9

 

Paraná

-1,3

-16,7

-9,2

 

Santa Catarina

1,8

-4,8

-7,5

 

Rio Grande do Sul

1,1

-13,0

-11,8

 

Mato Grosso

5,9

3,6

 

Goiás

-0,9

-9,4

-2,5

 

Brasil

-2,4

-12,4

-8,1

 

 

 

 

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