29/12/2015 – Impostômetro atinge valor recorde de R$ 2 trilhões

O ano de 2015 vai encerrar com uma marca histórica e indesejada para o contribuinte brasileiro. Pela primeira vez, o Impostômetro registrou R$ 2 trilhões de tributos arrecadados aos cofres públicos. O valor recorde foi alcançado nessa quarta-feira (30/12), por volta de meio dia. Os números representam o total pago (impostos, taxas e contribuições) pela população brasileira para a União, os estados e os municípios, contabilizados a partir de 1º de janeiro.

Para o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, o peso dos tributos afeta a qualidade de vida da população e o desenvolvimento da economia. “É preciso desburocratizar o Brasil urgentemente”, pontua.

“Nossa carga tributária equivale a 35,7% do PIB, mas não temos qualidade nos serviços oferecidos aos cidadãos. Diferente de Canadá (31%), Estados Unidos (25,1%) e Suíça (28,5%), que conseguem dar qualidade de vida à população mesmo com percentuais menores. Falta eficiência ao Governo Federal. Precisamos de reformas que impulsionem o desenvolvimento e fortaleçam a indústria. Sem uma economia forte, não teremos empregos para os trabalhadores”, defende.

O Impostômetro foi inaugurado em 2005 pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e é replicado desde 2014 pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. O objetivo é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.

Estudo

Segundo estudo realizado Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), após arrecadar R$ 1,95 trilhão em 2014, o Brasil fechará o ano de 2015 com arrecadação nominal superior a R$ 2 trilhões em 2015. Apesar da crise econômica, o valor representa um crescimento nominal de 2,8% sobre 2014.

Os tributos federais representam 65,95% da arrecadação de R$ 2 trilhões. Já os tributos estaduais equivalem a 28,47% e, os municipais, a 5,58%. Individualmente, o tributo de maior arrecadação é o ICMS (19,96% do total), seguido do INSS (19,18%), Imposto de Renda (15,62%) e COFINS (10,13%).

O estudo informa a arrecadação por tributo e mostra o que dá para fazer com R$ 2 trilhões. Entre as possibilidades estão construir mais de 90 milhões de casas populares, fornecer medicamentos para a população brasileira por mais de 800 meses e pagar mais de 2,6 bilhões de salários mínimos.

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