O primeiro encontro online dos fornecedores da cadeia de Petróleo e Gás no Espírito Santo foi um sucesso. Um total de 180 representantes de empresas , entidades e instituições ,de diversas regiões do país,participaram na manhã desta quarta, 8/4, das 10h ao meio dia do talk show para debater sobre os desafios do setor, a aproximação das relações entre grandes empresas operadoras e fornecedores e o regulamento da cláusula sobre Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) para o setor de petróleo e gás. 

O webinar foi uma promoção da Findes e Sebrae, por meio do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás. O público alvo foram empresas da cadeia de fornecedores, startups e ICT (instituições de Ciência e Tecnologia) capixabas. 

Os palestrantes apresentaram cada qual o panorama do setor dentro do seu universo de atuação. O superintendente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Alfredo Renault,falou sobre as dificuldades e as oportunidades para financiamento de projetos com a cláusula de P,D&I entre operadoras, fornecedores e ICT.

“Estamos vivendo uma grande transformação no processo inovativo das empresas. Vemos que os centros de pesquisa das grandes empresas estão perdendo espaço para a inovação cooperativa que é a que se faz junto ao fornecedor. Outra grande parceira são as startups que, muitas vezes, são as que apresentam as maiores soluções que precisamos a custo baixo”, destacou Renault.

O superintendente informou também sobre os três grandes pilares nos quais o setor de Petróleo e Gás direciona seus esforços. “Nossos principais focos são: aumento da produtividade, redução dos custos, segurança operacional, produção energética e energias renováveis. Nosso caminho para um futuro de crescimento passa por esses temas que citei”, alertou Renault. 

Um dos pontos altos do debate foram as oportunidades no processo de elaboração e aprovação de projetos a serem financiados com recursos da cláusula. O moderador do webinar, Antônio Batista, consultor do Programa Fornecedor Competitivo do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, reforçou a importância de tornar as empresas fornecedoras cada vez mais competitivas para continuar e avançar no mercado. “Há um campo vasto de crescimento tanto para as empresas fornecedoras tradicionais quanto para as startups. É preciso inovar sempre”, salientou.

Outro ponto bastante citado no encontro foi a carência de investimentos em pesquisa no Brasil, considerado um dos grandes gargalos do setor. Outro desafio é o desenvolvimento de startups e a aproximação entre universidade e o fornecedor.

O diretor técnico do Sebrae ES, Luiz Toniato, participou do webinar com uma importante contribuição ao destacar “a necessidade de criar condições, por meio de ferramentas adequadas, com capacitação , permitindo as empresas a elaboração, apresentação e aprovação de projetos, gerando negócios e desenvolvimento”. Finalizando, concorda que existe um mar de oportunidades para as micro e pequenas empresas fornecedoras do setor de Petróleo e Gás.

“Mas, para crescer, é preciso realizar uma mudança de cultura dentro das pessoas e por consequência, dentro das empresas. É preciso ter capacidade de gerar novos projetos e novos negócios e isso passa por eventos como este que o fórum está realizando. Passa pela comunicação entre as partes e pela transformação digital. A forma de fazer negócio no mundo digital é diferente e todos precisam estar atentos”, alerta Toniato.

O palestrante Eduardo Costa, CEO da Ouro Negro, empresa de tecnologia em Petróleo e Gás falou sobre os desafios para estruturação de projetos entre operadoras e empresas da cadeia de fornecedores e o último palestrante, professor Eustáquio de Castro, coordenador do LabPetro, da UFES-Universidade Federal do Espírito Santo, maior laboratório de óleo da América Latina apresentou as lições aprendidas na execução de seus projetos de inovação em tecnologia financiados com recursos da cláusula de P,D&I.

O “evento” virtual foi aberto e encerrado pelo coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira. “Foi uma grata surpresa para nós realizar o nosso primeiro webinar com uma adesão tão forte de empresas interessadas em se comunicar para crescer e evoluir.Agradeço a todos os participantes, em especial à Findes e ao Sebrae por acreditarem na troca de experiências exitosas e na aproximação de grandes empresas com pequenos e médios fornecedores, pois são eles que formam toda a cadeia de emprego, renda e desenvolvimento para o setor de Petróleo e Gás no Espírito Santo”.

Por Carol Veiga