A diretoria Julia Murat falou sobre sua experiência com coprodução internacional
Debater os rumos da produção audiovisual no país e consolidar a atividade como um segmento relevante na indústria capixaba. Com esses objetivos, foi realizado na tarde dessa terça-feira (15) o 2º Seminário do Mercado da Indústria Audiovisual (Semeia), organizado pelo Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado do Espírito Santo (Sinaes), com apoio do Sistema Findes e do Sebrae.
O evento teve palestras das cineastas Anna Muylaert, diretora do longa-metragem “Que Horas Ela Volta” (2015), e Júlia Murat, diretora de “Histórias que Só Existem Quando Lembradas” (2011), obras reconhecidas e premiadas internacionalmente. Na plateia, cerca de 100 estudantes e profissionais capixabas de cinema e audiovisual.
Para o presidente do Sinaes, Magno Santos, o evento cumpre papel fundamental na consolidação do segmento na economia capixaba. “Nossa ideia é buscar a inserção da produção audiovisual no mercado, associando a criatividade ao anseio do público. Não adianta buscar apenas a visão mercadológica ou priorizar exclusivamente a visão criativa, o equilíbrio é o mais importante para a indústria”, argumentou o presidente.
O evento
Escolha brasileira para concorrer ao Oscar de 2016, o filme “Que Horas Ela Volta”, dirigido por Anna Muylaert, ficou de fora da lista de indicados na categoria “Melhor filme estrangeiro”, mas alcançou mais de meio milhão de espectadores. Para falar dessa experiência, a diretora ministrou palestra intitulada “Uma jornada até a indicação ao Oscar” por videoconferência.
A diretora Julia Murat esteve em Vitória e palestrou sobre “Experiências com coprodução internacional”, em referência ao filme “Histórias que Só Existem Quando Lembradas”, produzido por estúdios de Brasil, Argentina e França. “O casamento entre pensamento artístico e produção é difícil, mas essencial para o sucesso do projeto. Essa conexão deve ser sincera, estruturada para pensar o filme da mesma maneira, com os mesmos objetivos”, pontuou.
Por: Rafael Porto
