7ª edição da Rockestra lota espaço de eventos e emociona o público

O relógio marcava 21h30 quando os primeiros acordes de “Rock You Like a Hurricane”, do Scorpions, foram ouvidos pelo público presente no espaço Patrick Ribeiro, em Vila Velha, nesta terça-feira (30). Ao som de gritos empolgados, começava o grande espetáculo que foi a 7ª edição da Rockestra, projeto da Orquestra Camerata Sesi-ES, que conta com a participação de artistas capixabas, permitindo um casamento perfeito do rock’n’roll com a música clássica.

Junto com os músicos do Sesi, estiveram presentes no palco os artistas Claudio Passamani, Dona Fran, Laís Rocha e Marco Cypreste que agitaram as mais de 1.500 pessoas.

Em seguida, a plateia foi levada ao ano de 1982 e para o clima dos treinos e lutas de Rocky Balboa, com a execução de “Eye of The Tiger”, da banda de hard rock Survivor. A música foi tema de Rocky 3 e foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, em 1983.

Na sequência, o espaço foi tomado pelos inconfundíveis riff de guitarras executados por Passamani, que se misturaram aos acordes de violinos e violoncelos, dando vida a música-protesto de Roger Waters da Pink Floyd, “Another Brick in The Wall”.

O maestro Leonardo David conta como o setlist da Rockestra foi preparado. “Pensamos em trazer o clássico do clássico do rock. Olhamos as seis edições anteriores e escolhemos as músicas que as pessoas ouviam e se identificaram de cara. Nossa intenção era que as pessoas se surpreendessem a cada momento, sem ter ideia do que viria a seguir”, explicou.

E a receita deu certo. Tanto que, após executarem “Perfect Strangers”, do Deep Purple, tida como a favorita do guitarrista da banda, Ritchie Blackmore, a plateia se embalou com a power ballad do Scorpions, “Still Loving You”, interpretada por Laís Rocha.

A cantora também entoou um dos momentos mais marcantes da noite, na visão do maestro da Camerata, a música “Love of My Life”, da banda britânica Queen. As luzes dos celulares foram ligadas e a plateia se transformou em um grande coral. Cena digna da edição do Rock in Rio de 1985, quando Freddie Mercury se rendeu as vozes de mais de 250 mil pessoas que estavam presentes na Cidade do Rock.

Em “Basket Case”, da punk rock Green Day, um mix de música clássica com a virada para a música lançada entre 1994 e 1995.

“Sensacional seria uma singela palavra para descrever o que vivi ontem na Rockestra do SESI. Dos eventos que já participei, poucos me proporcionaram tamanha emoção e admiração. A cada música que tocava, a emoção batia e a inquietação na cadeira surgia. Logo a vontade de cantar junto com os artistas (diga-se de passagem, foram todos de muita qualidade, escolhidos a dedo com certeza) era perceptível não só em mim, mas em todos da plateia! Espero participar de outros eventos como esse futuramente. Já virei fã”, contou o marinheiro, Willian Miranda.

O heavy metal do Metallica também marcou presença no espetáculo, com “Nothing Else Matters”, toda em instrumental e com solo de violino da spalla da Camerata Sesi, Gabriela Queiroz.

“Bohemian Rhapsody”, do Queen, foi marcada pela união dos cantores capixabas participantes e “Sweet Child O‘ Mine”, do Guns’n’Roses, foi executada com o público em pé, formando um belo coral.

Fizeram parte do repertório da Rockestra ainda, “Hotel California”, da Eagles; “Whole lotta love”, de Led Zepplin; “While my guitar gently wheeps”, dos Beatles; “Who wants to live forever”, da Queen; “Symphony of destruction”, Megadeth; “The final countdown”, da Europe; “Stairway to heaven”, Led Zeppelin; “You don’t remember i’ll never forget”, do Yngwie Malmsteen; “Smoke on the water”, do Deep Purple; e “Mr. Crowley” do Ozzy Osbourne.

Confira como foi a Rockestra

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Rockestra

A ideia da mistura de rock com música clássica surgiu entre o Maestro Leonardo David e o guitarrista capixaba Claudio Passamani, que idealizaram o primeiro concerto em 2010.

Durante o evento, ao tocar os clássicos mais aguardados pelos fãs de rock, Passamani escolhe entregar os solos de guitarra para os músicos da orquestra. Enquanto o público aguarda os riff, é presenteado pela melodia dos instrumentos clássicos de cordas, e isso é que dá o tom da Rockestra.

Com o espetáculo, a Orquestra Camerata Sesi-ES busca aproximar a música clássica do público, tornando-a mais “popular”. “Os dois (estilos) precisam de muita técnica e são extremamente difíceis. As pessoas falam que não tem nada ver, mas o rock também é muito detalhado, eles pensam muito nos arranjos, tudo é muito bem elaborado”, explica. “Os mundos se aproximam, e acho que todo mundo pode e deve ouvir de tudo”, conta.

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Por Fiorella Gomes

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