As reduções das emissões de gases de efeito estufa devem ser contempladas no planejamento energético do país. Essa foi a proposta do presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, durante a abertura do evento CNI Sustentabilidade, realizado no dia 03 de setembro, no Rio de Janeiro. “O gerenciamento dos riscos e das oportunidades ligadas aos efeitos do aumento da concentração de gases de efeito estufa deve estar cada vez mais atrelado aos componentes de energia, água, resíduos, competitividade e promoção do bem-estar social”, acrescentou. Para ele, é preciso estimular cada vez mais a diversificação da matriz energética e a maior participação de energias renováveis no país.
De acordo com Guerra, a indústria vem contribuindo significativamente para a redução das emissões de CO2. Ele destacou ainda que a sustentabilidade tem relação direta com a produtividade e a inovação e está entre os objetivos do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. “Os ganhos de produtividade reduzem o uso de recursos naturais e eliminam desperdícios. A inovação, por sua vez, introduz novos produtos, processos e modelos de negócios que geram menos impacto ambiental e maiores benefícios sociais”, disse.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também participou do evento, destacou que as discussões sobre mudanças climáticas estão relacionadas ao desenvolvimento e está otimista sobre o acordo do clima que deverá ser definido durante a 21ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro. “Para avançarmos em soluções para as questões do clima, precisamos ir além das negociações entre governos e ter o envolvimento de toda a sociedade”, afirmou. “O Brasil mostra um enorme engajamento nesse tema.”
Já para a diretora-técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heloísa Menezes, o tema sustentabilidade chama a atenção das empresas e exige uma visão sistêmica sobre os problemas. “Exige um olhar tanto para os riscos das mudanças climáticas, como a alta do preço da energia e escassez de água, quanto pela não adoção de medidas de mitigação”, assinalou. “Mas também há oportunidades, inclusive para as micros e pequenas empresas.”
Também participaram da abertura do evento Jailson Andrade, secretário de Políticas e Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.