Covid e gripe: 81% das indústrias do ES registraram afastamentos de funcionários

Trabalho presencial com distanciamento e uso de máscara| Foto: Maxime Utopix/Pixabay

De acordo com levantamento feito pelo Ideies/Findes, metade das ausências ocorreu na primeira quinzena de janeiro. Pesquisa mostra ainda  impactos causados na produção capixaba 

 

A chegada de uma nova variante da Covid-19 (Ômicron) ao país, além de uma nova cepa da gripe, a Darwin (H3N2), fez aumentar significativamente, nas últimas semanas, o número de casos de pessoas com sintomas gripais, trazendo reflexos para diferentes segmentos econômicos. 

Uma pesquisa inédita, realizada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), revelou que 81% das empresas que participaram do levantamento tiveram algum colaborador afastado devido à infecção por coronavírus ou Influenza, sendo que 53% dos casos ocorreram na primeira quinzena de janeiro, 28% há mais de duas semanas (antes de 1º de janeiro), 16% não e 3% não responderam. 

A pesquisa de opinião empresarial da Findes foi realizada entre os dias 18 e 20 de janeiro, ouvindo 152 indústrias capixabas.  

“Seguimos vigilantes. Desde o início da pandemia, em 2020, acompanhamos as indústrias do Estado e damos todas as orientações necessárias para proteger nossos trabalhadores, associados e a sociedade capixaba como um todo. E sempre trabalhamos de forma integrada com sindicatos e poder público para contribuir neste momento tão desafiador”, afirma a presidente da Federação, Cris Samorini. 

Os dados da pesquisa também mostraram que, entre as empresas com afastamentos nas duas primeiras semanas de janeiro, 57% indicaram que menos de 10% dos colaboradores foram afastados, enquanto 5% tiveram mais de 40% de seus colaboradores afastados na primeira quinzena do ano. 


Entre indústrias com funcionários afastados, 40% reduziram a produção 

Entre as empresas que registraram afastamentos de funcionários entre 1º e 15 de janeiro, 47% informaram que a ausência dos colaboradores não impactou na atividade do negócio; enquanto 30% informaram ter impactado, mas com redução não significativa das atividades; e 22% disseram ter impactado, com redução significativa das atividades da empresa.  

Dentre as empresas que tiveram colaboradores afastados nas últimas duas semanas e que apresentaram redução de atividade, 40% informaram que, para lidar com os efeitos dos afastamentos, reduziram a produção; 36% atrasaram o prazo de entrega e 31% não realizaram ações neste sentido. 

 

Medidas   

Segundo a pesquisa, o reforço de medidas de orientação e prevenção no local de trabalho foi adotado por 98% dos respondentes como maneira de minimizar os impactos da pandemia. Além disso, o afastamento das atividades de trabalho dos colaboradores com sintomas gripais foi adotado por 86% dos participantes do levantamento.  

“Desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, a Indústria capixaba estabeleceu rígidos protocolos de segurança para combater a disseminação da doença e continua a adotá-los sem nenhum ‘afrouxamento’. Entre essas medidas estão o trabalho híbrido, o home office e a adoção de todos os cuidados para o trabalho presencial, entre eles o distanciamento”, elencou Cris. 

Teste Covid-19: Unidades Móveis do Sesi ES começaram a operar na última segunda-feira (24/1) | Foto: Siumara Gonçalves

Vacinação 

Quanto à vacinação, 44% dos respondentes informaram que, em suas empresas, de 81% a 99% os colaboradores estão vacinados com o ciclo vacinal completo (1° e 2° dose) e/ou dose de reforço contra a Covid-19; enquanto 32% possuem todos os colaboradores vacinados. O menor índice de vacinação registrado foi entre 41% e 60%, registrado por apenas 3% das empresas. 

“A prevenção à doença e a vacinação sãos os principais caminhos para reduzirmos os casos de contágio em todo o mundo. Também vale destacar a relevância da testagem. Essa ação é importante para identificar quem vai precisar ser afastado do local de trabalho e também evitar que mais pessoas adoeçam”, comenta a presidente da Findes ao lembrar da parceria que o Sesi, a Unimed Vitória e o governo do Estado iniciaram nesta semana para ampliar a testagem no Estado. 

Aumento de casos 

Em um cenário de novo aumento de casos de Covid-19 e/ou Influenza, as três maiores preocupações dos empresários são: a necessidade de afastamento dos trabalhadores de suas empresas (82%), potencial falta de insumos (49%) e a necessidade de novo distanciamento social (48%). 

 

Confira a pesquisa completa: http://findes.online/pesquisa 

 

Por Beatriz Seixas e Siumara Gonçalves

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