24/11/2015 – Marcos Guerra preside reunião nacional do Conselho de Meio Ambiente da CNI em Vitória

O assessor da Agência Nacional de Águas, Volney Zanardi Júnior, participou do encontro presidido por Marcos Guerra

O presidente do Sistema Findes e do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (Coema-CNI), Marcos Guerra, falou sobre a crise hídrica do Espírito Santo na 94ª Reunião Nacional do Coema, evento realizado excepcionalmente em terras capixabas nesta segunda-feira, dia 23 de novembro. Diversas lideranças ligadas ao meio ambiente e à indústria discutiram entraves e desafios para o setor no Brasil.

O painel de abertura do encontro discutiu a situação dos rios do Estado com a presença do secretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rodrigo Júdice, do presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Findes, Wilmar Barbosa, e do assessor da Agência Nacional de Águas, Volney Zanardi Júnior. Um dos assuntos abordados no debate foi a contaminação da bacia hidrográfica do Rio Doce após o rompimento de duas barragens da Samarco.

“O Espírito Santo vem enfrentando uma das maiores crises hídricas de sua história e agora fomos surpreendidos pelo acidente em Mariana (MG). É um acontecimento trágico e que lamentamos, principalmente pelos impactos na fauna do Rio Doce e na qualidade de vida da população”, enfatizou o presidente. “A empresa deverá ser responsabilizada pela falha, mas precisamos refletir acerca do ocorrido e aprender para evitar novos erros no futuro”, detalhou Guerra.

“O Governo Federal tem sua parcela de culpa, porque não teve a eficiência necessária na concessão das licenças ambientais e na fiscalização. Devemos desconstruir a ideia de que o excesso de burocracia é garantia de segurança. O processo de licenciamento deve ser mais ágil, com rigor técnico apurado por fiscalizações in loco. De nada adianta demorar anos para emitir uma licença e ser omisso no monitoramento dos grandes projetos”, argumentou o presidente.

“Não devemos “demonizar” a Samarco, mas responsabilizá-la pelos erros cometidos. A indústria tem sido essencial para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo nos últimos anos. O Brasil vive um momento grave de desindustrialização, com perda de participação do setor no Produto Interno Bruto e redução dos postos de trabalho. Discursar contra as indústrias é frear o crescimento de nossa economia, afetar o emprego e diminuir a geração de oportunidades para a população”, defendeu.

Outros temas

Durante a tarde, o painel “Financiamento para a Sustentabilidade” teve a presença de representantes do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), do Banco do Nordeste e do Santander. Na oportunidade, foram apresentadas linhas de crédito para projetos e ações de desenvolvimento econômico sustentável.

Por fim, o grupo debateu e consolidou propostas brasileiras para a Convenção de Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21-ONU), a ser realizada em dezembro, na França. Nesse painel, o presidente Marcos Guerra falou sobre o compromisso do país com a redução da emissão de gases do efeito estufa.

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