30/04/2015 – Instituto Terra apresenta ao Sistema Findes suas ações para recuperar nascentes do rio Doce

Desenvolvido em área de forte degradação ambiental, programa “Olhos D’Água” foi eleito pela ONU como uma das 70 melhores práticas no mundo para revitalizar recursos hídricos

O “Instituto Terra” apresentou a sua atuação em diferentes frentes para os membros do conselho do Sistema Findes, na última quarta-feira, dia 29 de abril. Os conselheiros puderam conhecer o emprenho da organização na recuperação da Mata Atlântica, no restabelecimento das fontes de água e no fomento do desenvolvimento sustentável no vale do rio Doce, que corta a região noroeste do Estado do Espírito Santo. 

O diretor do instituto, José Armando de Figueiredo Campos, expôs as ações desenvolvidas pelo programa “Olhos d’Água” que visa recuperar as nascentes da bacia do rio Doce, entre outros projetos. De acordo com o superintendente-executivo da entidade, Adonai Lacruz, o programa tem como meta proteger todas as nascentes que compõem aquela bacia hidrográfica, estimadas em aproximadamente 375 mil, tendo como referência levantamentos preliminares realizados pelo programa.

“O programa está sendo desenvolvido desde 2010 e tem recebido apoio de empresas, governos e fundações do exterior bem como doações de pessoas físicas. Somando todas as parcerias, já salvamos mais de 1,2 mil nascentes da extinção, beneficiando 487 produtores rurais em oito municípios da bacia do rio Doce: Conselheiro Pena, Aimorés e Pocrane, em Minas Gerais, e Colatina, Baixo Guandu, Laranja da Terra, Brejetuba e Afonso Cláudio, do lado do Espírito Santo”, esclareceu Adonai.

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, agradeceu ao grupo pela oportunidade de conhecer melhor o programa, especialmente neste momento, em que o Estado capixaba vive uma situação de crise hídrica. “Precisamos buscar parcerias e fortalecer projetos como esse”, disse.

“O rio Doce é de fundamental importância para o nosso Estado, principalmente para a região noroeste. O “Instituto Terra”, por meio de seus idealizadores – o casal Lélia Wanick Salgado e Sebastião Salgado, que há 16 anos trabalham em prol da educação ambiental na região – nos servem de exemplo e nos motivam a preservar o rio Doce, ampliando nossa consciência de que a água é um bem vital para a sobrevivência humana. Contem com a colaboração do Sistema Findes no fomento do projeto na região”, declarou Guerra.

Sobre o Instituto Terra

O “Instituto Terra” é uma associação civil sem fins lucrativos, que promove a recuperação da Mata Atlântica no vale do rio Doce há 16 anos. Atua por meio da restauração ecossistêmica, produção de mudas nativas, extensão ambiental, pesquisa científica aplicada e educação ambiental em municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A sede está localizada na Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), área reconhecida como Reserva de Patrimônio Natural (RPPN). O título conserva seu ineditismo por se tratar da primeira RPPN criada em uma área degradada com o compromisso de vir a ser recuperada.

Ao todo, desde sua fundação, o “Instituto Terra” já contabiliza 7,5 mil hectares de Mata Atlântica em processo de recuperação no vale do rio Doce e a produção de mais de quatro milhões de mudas nativas. E, mais que plantar árvores e recuperar fontes de água, os fundadores se mobilizaram para tornar o “Instituto Terra” um polo irradiador de uma nova consciência ambiental baseada na recuperação e conservação florestal, aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade vida no meio rural.

Até o momento, o “Instituto Terra” transformou em realidade mais de 700 projetos educacionais para um público superior a 72 mil pessoas de 176 municípios do vale do rio Doce. Veja mais informações em www.institutoterra.org.

Sobre o rio Doce

A bacia hidrográfica do rio Doce estende-se entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, banhando 230 municípios, 28 desses no Espírito Santo. A extensão do rio abrange uma área de 8.264.600 hectares (INPE, 2000). Esse território equivale à superfície de um país como Portugal. Com um total de 853 quilômetros de percurso, o rio Doce deságua na vila de Regência, em Linhares (ES).

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