Findes participa grupo de trabalho do governo federal para reduzir o Custo Brasil

A Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia realizou nesta sexta-feira (21) uma reunião de trabalho com o Grupo Coalizão Indústria e o Movimento Brasil Competitivo, formado por algumas das principais lideranças do setor produtivo brasileiro, que atuam em conjunto para reduzir o Custo Brasil.

A Federação das Indústria do Estado do Espírito Santo (Findes) é uma das organizações parceiras da Sepec para a próxima fase do projeto, que visa reduzir o Custo Brasil, estimado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do PIB do país, em estudo feito pelo governo federal em parceria com o Movimento Brasil Competitivo. A presidente da Findes, Cris Samorini, reforçou o compromisso da Federação com essa agenda do governo federal.

“Estou assumindo a Federação do Espírito Santo e vamos continuar firmes e fortes trabalhando em conjunto com a Sepec para reduzir esse custo”, disse ao ser cumprimentada por Marília Moreira Garcez, assessora da ABDI, Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

O presidente emérito da Findes Léo de Castro, que é vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e presidente do Conselho Temático de Política Industrial (Copin) da CNI, também participou da reunião e reiterou a contribuição para aumentar a competitividade do Brasil.

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, ressaltou que agora é um momento de ser rápido e ter foco para que o país se desenvolva.

“Temos um grupo extraordinário unido com foco na redução do Custo Brasil. Todo o apoio que vocês estão nos dando ajuda muito na organização interna do governo. Queremos trabalhar com agilidade. Nós estamos juntos, ombro a ombro, lutando por um Brasil mais próspero, com um ambiente de negócios mais adequado, em que as empresas cresçam, que o empreendedor floresça, ganhe dinheiro e crie emprego. Só assim vamos sair da situação que estamos hoje”, pontuou.

Projeto

O trabalho para redução do Custo Brasil prevê um conjunto de reformas e a estruturação de uma carteira de projetos que possibilitem a retomada da economia. Ele é composto por quatro grandes etapas, com duração total prevista de oito meses.

São eles: mapeamento e avaliação de propostas já encaminhadas ao governo federal, em discussão no Congresso Nacional e realizadas pelo setor produtivo; estruturação e acompanhamento do escritório de projetos da Sepec; desenvolvimento de projetos estratégicos; mobilização e advocacy para a defesa da agenda de redução do Custo Brasil.

Custo Brasil

O Custo Brasil é o custo adicional de se empreender no país, em relação a demais nações. O Brasil, segundo estudo da CNI, continua em penúltimo lugar em ranking de competitividade de 18 países com economias de características similares. Ganhamos apenas da Argentina. Perdemos para Coreia do Sul, Canadá, Austrália e Peru, entre outros.

Esse custo adicional tira a competitividade dos produtos produzidos no país, tornando-os mais caros para a população e impede a geração de empregos.

Em levantamento feito no final do ano passado pelo Governo Federal e o Movimento Brasil Competitivo, o Custo Brasil foi quantificado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do PIB. O estudo apresenta uma comparação do custo médio de se produzir no Brasil em relação ao custo dos países da OCDE, considerando 12 elementos, sendo que cinco concentram cerca de 80% desse entrave para a produtividade e a competitividade do país.

Os cinco itens são: honrar tributos, considerando a alta carga e a complexidade tributária; empregar capital humano; infraestrutura; financiar um negócio, e atuar em ambiente jurídico eficaz.

O Custo Brasil vem sendo debatido há décadas. A diferença agora é que ele foi quantificado e tornou-se uma agenda prioritária do governo federal, que criou um programa para reduzi-lo, o Programa de Melhoria Contínua da Competitividade.

Conheça os 12 pontos avaliados no estudo sobre Custo Brasil:

1 – Abrir um negócio
2 – Financiar um negócio
3 – Empregar capital humano
4 – Dispor da infraestrutura
5 – Acessar insumos básicos
6 – Atuar em ambiente jurídico e regulatório eficaz
7 – Integrar com cadeias produtivas globais
8 – Honrar tributos
9 – Acessar serviços públicos
10 – Reinventar o negócio
11 – Competir e ser desafiado de forma justa
12 – Retornar ou encerrar o negócio

*Por Fiorella Gomes

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