Ao final do evento, os representantes das entidades e empresas envolvidas no processo receberam uma placa comemorativa
A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi-ES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES), juntamente com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES), lançaram na noite dessa terça-feira, 1º de dezembro, a Plataforma Metodológica da Indústria Criativa, um trabalho desenvolvido com dez indústrias de três segmentos (móveis, confecções e rochas ornamentais), que aplicou os conceitos da economia criativa por meio da inovação no modelo de negócio dessas empresas. O evento foi realizado no Salão da Indústria do Edifício Findes, em Vitória.
Os atores Mauro Pinheiro e Rodrigo Santos, do Teatro Socioeducativo do Sesi-ES, apresentaram a esquete teatral “Salve-se quem puder”, que aborda a aplicação dos conceitos de economia criativa nas empresas de confecção.
O estudo foi realizado em um período de dois anos e meio, levando os conceitos de design e o uso de plataformas audiovisuais ao processo de produção, resultando em ganhos significativos no alcance de mercado dessas empresas e ampliando o perfil de seu público-alvo.
No evento foi apresentada a primeira etapa da Plataforma Metodológica da Indústria Criativa. A partir de agora, o objetivo é expandir o estudo para outros setores e Estados, como explica o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra.
“A intenção é que a plataforma seja expandida para mais setores da indústria capixaba e também que seja replicada em nível nacional”, disse o presidente Marcos Guerra.
“Estamos vivendo um cenário muito preocupante para a indústria brasileira. Se tirarmos as commodities, veremos que estamos perdendo cada vez mais espaço na nossa economia. A Plataforma é um estudo importante, pois oferece uma saída inovadora para que as empresas possam crescer. Nossa intenção é que a plataforma seja expandida para mais setores da indústria capixaba e também que seja replicada em nível nacional”, disse Marcos Guerra.
O diretor técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai, destacou o sucesso da aplicação da metodologia nos três setores abordados nesta primeira etapa
Para o diretor técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai, o resultado do estudo foi significativo. “Todo o nosso trabalho mostrou que vale muito a pena aplicar os conceitos da economia criativa e a inovação ao processo de produção das indústrias”, afirmou Benildo.
“O uso dessa metodologia aproxima o engenheiro do designer, o fotógrafo do operário, e gera um ambiente de trabalho mais leve, prazeroso e, consequentemente, mais produtivo”, afirmou o diretor para Assuntos do Sesi-ES, José Carlos Bergamin.
“Desde sempre ouço falar que o Brasil é um país muito criativo. Mas há uma ideia de que essa criatividade não pode ser aplicada nas empresas para aumentar sua competitividade. Isso é um erro que estamos corrigindo agora com essa metodologia”, disse o diretor para Assuntos do Sesi-ES e também presidente do Conselho de Economia Criativa da Findes, José Carlos Bergamin. “O uso dessa metodologia aproxima o engenheiro do designer, o fotógrafo do operário, e gera um ambiente de trabalho mais leve, prazeroso e, consequentemente, mais produtivo. É um tipo de empresa que não polui, não agride o ambiente ao seu redor, mas faz exatamente o contrário disso”, completou o dirigente.
O secretário de Estado de Cultura, João Gualberto, também esteve presente no evento e parabenizou a Findes e o Sebrae-ES pelos resultados obtidos
O secretário de Estado da Cultura, João Gualberto, corroborou o que foi dito pelos dirigentes do Sebrae-ES e da Findes. “Após a realização desse trabalho, estamos vendo que aquela percepção geral de que a economia criativa era algo ainda muito abstrato simplesmente não existe mais. Nós somos um Estado muito criativo e vamos potencializar isso ainda mais daqui para a frente”, disse ele.
Ainda durante o evento, a consultora do Sebrae-ES, Wanda Caldas, fez uma apresentação detalhada sobre a Plataforma Metodológica da Indústria Criativa.
Faça o download da apresentação sobre a Plataforma Metodológica da Indústria Criativa
Em seguida, foram apresentados os cases de três empresas abordadas no estudo: Grigio Móveis (moveleiro), Look Belle (confecção) e Revest Stone Design (rochas ornamentais). Como exemplificou a empresária Denise Giestas, da Revest Stone, “nós tínhamos 43 anos de atuação no segmento de rochas ornamentais, mas parecia que não nos comunicávamos com o nosso público e o próprio mercado de fornecedores da cadeia produtiva. Acabamos até mudando o nome da empresa após a aplicação da metodologia, e os resultados foram fantásticos”.