Findes e Fundação Ezute assinam convênio para ajudar prefeituras do ES a fazerem PPPs de infraestrutura

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Fundação Ezute assinaram um termo de cooperação técnica para ajudar os municípios a fazerem concessões e parcerias público-privadas (PPPs) de infraestrutura. O termo foi celebrado na terça-feira (25).

A Fundação Ezute é uma organização privada sem fins lucrativos que oferece soluções inovadoras em tecnologia e gestão, para os desafios e problemas enfrentados pelas instituições brasileiras, especialmente as públicas. Ela vai contribuir com sua expertise no trabalho da Findes a ser realizado com as prefeituras capixabas. Além disso, a fundação conta com um profissional certificado em PPPs.

A cooperação consistirá na participação da Ezute nas ações de divulgação e sensibilização do tema de concessões e parcerias público-privadas promovidas pela Findes; e na revisão dos estudos preliminares de viabilidade de projetos de concessão e parcerias público-privadas nos municípios capixabas, a serem elaborados pela Findes, com o objetivo de agregar eventuais contribuições de caráter técnico de engenharia/operação, econômico-financeiro e jurídico-institucional a estes estudos preliminares.

Já a Findes dará apoio a Ezute nas ações junto às empresas associadas à Federação para subsidiar eventuais estruturações completas dos projetos de concessão e parcerias público-privadas  nos municípios capixabas cujos estudos preliminares apontem viabilidade.

O consultor especialista da Findes Ícaro Gomes explica que a parceria é uma complementariedade. “É bem interessante essa complementariedade. A Fundação Ezute já participou da construção de outras PPPs e agora poderá, em conjunto com a Findes atuar no Espírito Santo”, diz.

“É uma honra para a Fundação Ezute estar ao lado da Findes para apoiar a evolução da infraestrutura nas Prefeituras Capixabas. Nossa atuação como honest broker, parceiro isento e livre de conflito de interesses na estruturação dos projetos de concessão ou PPP, e também na transferência de conhecimento para as equipes das Prefeituras, contribuirá para o sucesso desta empreitada”, comenta o diretor de mercado civil e parcerias da Ezute, Thomas Strasser.

 

FINDES ASSINARÁ CONVÊNIO COM PREFEITUAS DO ES  

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) iniciou a assinatura de convênios de cooperação técnica com as prefeituras capixabas para promover ações para acelerar a realização de parcerias público-privadas (PPPs). A Federação vai prestar assessoramento técnico para os municípios e com isso ampliar a participação do setor privado em investimentos em infraestrutura, estimular o desenvolvimento do Estado e melhorar a prestação de serviços públicos municipais.

Ícaro Gomes explica que grande parte dos municípios enfrentam algum tipo de restrição (financeira, técnica, jurídica ou ambiental), o que torna ainda mais complicado promover investimentos em infraestrutura, especialmente na ampliação dos serviços ligados ao saneamento básico e iluminação pública.

Um estudo da Inter B. consultoria mostrou que, apenas no Espírito Santo, há 1,7 milhão de pessoas sem rede de esgoto e 745 mil sem água encanada. O custo para que esses serviços básicos cheguem aos moradores é de R$ 9 bilhões.

“Diante desse cenário, as parcerias entre o setor público e o privado permitem atrair investimentos para essas áreas, possibilitando levar mais dignidade e qualidade de vida à população”, afirma Ícaro Gomes.

Porém, antes de estruturar o modelo de concessão e lançar o edital de PPP, é preciso que o município adeque sua legislação e verifique a economicidade do projeto para saber se ele cabe dentro do orçamento, adotando processos preliminares estruturados. É nesse momento em que a Findes ajudará os municípios, prestando um assessoramento técnico.

 

DIÁLOGO COM AS PREFEITURAS

A Findes vai convidar os municípios do Estado para conversarem sobre as PPPs e se disponibilizar para ajudar nesse processo de adequação à adesão dos editais das parcerias.

“A Findes está à disposição para apoiar as prefeituras, para que elas possam ter mais segurança do ponto de vista técnico e jurídico. A Federação acredita que, por meio deste convênio, pode colaborar no treinamento e na formação de pessoal para as prefeituras, ministrando seminários, apresentações e outras atividades que aproximem a administração pública do tema PPP, comenta o consultor da Federação.

 

PPPs para obras e serviços

As PPPs são contratos que a administração pública assina com a iniciativa privada, para a realização de obras ou prestação de serviços, para atender a população. Os casos mais frequentes são nas áreas de iluminação pública e saneamento.

O vice-presidente da Findes, Paulo Baraona, esclareceu, contudo, que há diversas outras possibilidades, como contratos para construção de abrigos de ônibus, administração de estacionamentos, cemitérios, coleta de lixo e outras áreas de desenvolvimento de infraestruturas e serviços que cumprem um papel fundamental na melhoria da produtividade, da competitividade, e da qualidade de vida em toda a sociedade capixaba.

O diretor do Ideies e economista-chefe da Findes, Marcelo Saintive, destacou que as PPPs exigem estruturação técnica sólida e, por isso, demandam um tempo de maturação e, por isso é necessário dar início imediato aos trabalhos.

Na ocasião, Saintive falou sobre o IAN, Indicador de Ambiente de Negócios, elaborado pelo Ideies. O IAN reúne 39 indicadores sobre os 78 municípios do Estado, divididos em 4 eixos: infraestrutura, potencial de mercado, capital humano e gestão fiscal. Ele pode ser utilizado como uma ferramenta de gestão, para ajudar as prefeituras a identificarem que áreas merecem mais atenção da administração pública.

 

Mais investimentos

As PPPs podem ser a solução para a realização de obras e prestação de serviços de qualidade para a população, considerando o histórico de baixa capacidade de investimentos do setor público no país, em geral.

Apesar de o país ser uma das maiores economias do mundo, com um PIB de US$ 1,8 trilhão, o Brasil historicamente investe apenas 2% do PIB em infraestrutura, bem abaixo dos emergentes e dos chamados BRICS, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.

No ranking de competitividade de infraestrutura do Fórum Econômico Mundial, que avalia 137 países, o Brasil ficou na posição 73 no relatório de 2017-2018, posição bem aquém de suas necessidades e de seu potencial.

 

Por Siumara Gonçalves e André Hees

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