De acordo com o diretor da Escola de Associativismo, Sergio Rogerio de Castro, o objetivo do evento foi motivar o empresariado da região a se associar com mantenedoras de hospitais filantrópicos e participar da gestão dessas organizações. “Nós, da Escola de Associativismo, fomos buscar onde está a melhor medicina e descobrimos que os principais hospitais do país têm, em sua base, o associativismo. Queremos fomentar essa prática no Espírito Santo”, afirmou.
A vice-presidente da Findes, Clara Thais Orlandi, representou o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, e elogiou a iniciativa. “O trabalho social e o associativismo podem trazer soluções para que mais projetos se tornem realidade. É um privilégio podermos resgatar a cidadania de várias pessoas”, disse ela, que também é diretora para assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano da Findes.
O vice-presidente da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região, Áureo Mameri, afirmou que empresas associadas à filantropia são uma tendência mundial. “Isso é muito comum em outros países, então estamos nos alinhando a algo que já acontece no mundo. Por isso, esse encontro é importante para fomentar essas ideias”, disse.
O presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores), Jefferson Cabral, defendeu que o engajamento social se reflete em todos os campos da vida. “O envolvimento com essas demandas revigora e promove engajamento. Isso pode ser muito positivo até para a saúde da empresa”, afirmou.
O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo (Fehofes), Luis Nivaldo da Silva, informou que os 17 hospitais filantrópicos no sul do Estado são responsáveis por mais de 1 milhão de atendimentos. Juntos, eles realizam mais de 78% do atendimento do SUS. “Se nós fecharmos as portas, haverá um colapso no SUS. Fico feliz de todos estarem aqui e juntos podermos pensar saídas e alternativas para melhoria”, disse.
Casos de sucesso dos hospitais
Quatro hospitais apresentaram casos de sucesso em associativismo. O Hospital São Vicente de Paulo, de Afonso Cláudio; o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; o Hospital Infantil Francisco de Assis; e a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Todos relataram as dificuldades, acertos e desafios enfrentados à frente de cada instituição.
Marfiza Machado de Novaes, diretora administrativa do Hospital São Vicente de Paulo, disse que conta com a ajuda de uma rede de voluntários para garantir, por exemplo, as refeições dos pacientes. São feirantes, produtores de café e agricultores que destinam parte de sua produção para o hospital, que também recebe doações da igreja católica.
Já o Hospital Evangélico recebe doações de cinco igrejas evangélicas e, após passar cinco anos fechado, conseguiu reabrir as portas, graças à ajuda de empresários.
O Hospital Infantil Francisco de Assis, referência em todo o Estado no atendimento a crianças, mostrou como, por meio de uma gestão corporativa profissionalizada, conseguiu alcançar essa posição. A Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim também apresentou os projetos que foram sucesso na entidade, apesar das dificuldades enfrentadas.
Por Evelyn Trindade