Findes em Dia: Entenda a nova política industrial do país

Produção de placas de MDF no Norte do ES (2023) | Foto: Placas do Brasil/Divulgação

 

A indústria nacional voltou ao centro da estratégia de desenvolvimento do país.

O governo federal lançou na última segunda (22), durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que contou com a participação da CNI, o Plano Nova Indústria Brasil (NIB).

A política de neoindustrialização pretende impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033 com sustentabilidade e inovação.

De forma geral, são três os principais objetivos estruturais da NIB:

  • Estimular o progresso técnico e, consequentemente, a produtividade e competitividade nacionais, gerando empregos de qualidade;
  • Aproveitar melhor as vantagens competitivas do país;
  • Reposicionar o Brasil no comércio internacional;

Para isso, o plano vai se valer de três grupos de instrumentos de estímulo industrial, que são:

  • Financeiros, como finanças sustentáveis, linhas de crédito e incentivos fiscais;
  • Medidas para melhoria de ambiente de negócios;
  • Utilização do poder de compra do Estado para contratações públicas.

No caso dos instrumentos financeiros, já estão previstos, até 2026, R$ 300 bilhões para financiamentos. Esse montante é fruto dos R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do CNDI, em julho do ano passado, e dos R$ 194 bilhões que foram incorporados, provenientes de diferentes fontes de recursos direcionados para dar suporte ao financiamento das prioridades da NIB.

Os recursos estão organizados dentro do Plano Mais Produção, gerido por BNDES, Finep e Embrapii e disponibilizados por meio de linhas específicas, e contempla os seguintes eixos:

  • Mais produtividade: para ampliar a capacidade industrial, com aquisição de máquinas e equipamentos.
  • Mais Inovação e Digitalização: para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação;
  • Mais Verde: para projetos de sustentabilidade da indústria; e
  • Mais Exportação: para incentivos para o acesso ao mercado internacional.

É importante destacar que a Nova Indústria Brasil terá metas para cada uma das seis missões que norteiam os esforços do país.

As seis missões do Nova Indústria Brasil são:

Missão 01: Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética.

Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde.

Missão 3: Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades.

Missão 4: Transformação Digital da indústria para ampliar a produtividade.

Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras.

Missão 6: Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.

As missões, metas e ações estão sugeridas no Plano de Ação 2024-2026 e serão submetidas à avaliação do CNDI nos próximos 90 dias.

Mas como uma nova política industrial pode beneficiar o ES?

O Espírito Santo é o segundo estado mais industrializado do Brasil, com 38,3% de participação do setor. Isso demonstra a importância que uma política industrial pode ter para o Estado, que é referência e tem tradição na produção de commodities.

Segundo dados compilados pelo Observatório da Indústria da Findes, ao todo, o Estado possui 16,2 mil indústrias, que empregam formalmente quase 233 mil trabalhadores. Além disso, a indústria capixaba é responsável por 91% de toda a exportação do Estado.

Com a Nova Indústria Brasil, o ES pode agregar ainda mais valor ao que produz, além de adensar e diversificar suas cadeias produtivas. Isso fará com que diversos setores, a exemplo o de transformação, ganhem cada vez mais potência no Estado.

A CNI e a Findes avaliam que a estratégia do governo federal se dá no contexto de um retorno das políticas industriais em diversas partes do mundo e de governos que estão cada vez mais assumindo seu papel na definição da forma como suas indústrias evoluem.

Mas vale lembrar ainda que planos de desenvolvimento industrial só têm sucesso quando construídos de maneira conjunta, com a intensa participação dos setores envolvidos conectados aos anseios da sociedade.

Por Siumara Gonçalves

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