IAE-Findes: Economia do ES cresce 3% no segundo trimestre de 2022

 

Indicador de Atividade Econômica avançou na comparação com o mesmo período de 2021. Setores de serviços e agronegócio foram os destaques positivos 

 A economia capixaba cresceu 3% no segundo trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). A alta foi impulsionada pelo bom desempenho dos setores de serviços e agronegócio.  

Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (15/9), em coletiva de imprensa realizada na sede da Findes, em Vitória. 

A presidente da Findes, Cris Samorini, comenta que apesar de um ambiente de incertezas posto ao longo do ano, foi possível notar o retorno cada vez mais efetivo da atividade econômica, tanto no Brasil quanto no Espírito Santo. 

“Houve melhora do mercado de trabalho, com a redução da taxa de desocupação. A taxa no país passou de 11,1% para 9,3%, enquanto no Estado ela caiu de 9,2% para 8%, na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano. Isso é uma excelente notícia. No primeiro semestre do ano, a indústria foi responsável pela geração de mais de 8,7 mil empregos formais no Estado”, enfatiza. 

Vale lembrar que a melhora na geração de empregos vem impactando todo o país. No segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, o PIB nacional cresceu 3,2%, de acordo com o IBGE. O número foi resultado da performance dos setores de serviços (4,5%), indústria (1,9%) e agropecuária (-2,5%). 

Desempenho dos setores 

Na comparação entre o segundo trimestre de 2022 com o mesmo período do ano anterior, podemos destacar o bom desempenho do setor de serviços (5,9%), que cresceu pelo sétimo trimestre consecutivo. Sozinho ele corresponde a 58,4% da economia capixaba.  

Entre as atividades desenvolvidas pelo setor, transportes se destaca, crescendo 14% no segundo trimestre do ano, frente ao segundo trimestre do ano passado. Atualmente, o segmento no Espírito Santo já superou em 18,8% o nível pré-pandemia, enquanto no Brasil ele ultrapassou em 11,8%. 

Já o agronegócio teve alta de 2,6%, com destaque para a produção agrícola com alta de 5,4%. As lavouras de café, banana, cana-de-açúcar e pimenta-do-reino contribuíram para o resultado. Por outro lado, a pecuária capixaba recuou 1,2%, no mesmo período, devido aos números de produção de aves e ovos e de leite

A indústria registrou queda de 3,5%, explicada, principalmente, pelo cenário global, como aponta a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva: 

“O segundo trimestre deste ano foi marcado pela aceleração do processo inflacionário global, seguido pelos anúncios de aumentos das taxas de juros pelos Bancos Centrais das principais economias mundiais, como instrumento de controle da alta dos preços, movimento também observado para o Brasil”, comenta. 

O recuo da indústria deve-se ao desempenho da indústria extrativa (-11,9%) e de transformação (-1,5%), que tiveram resultados negativos, enquanto energia e saneamento (8,7%) e construção (5,2%) cresceram no mesmo período.  

No recorte da indústria da transformação, houve alta na fabricação de papel e celulose (18,5%) e na produção de alimentos (5,2%). Por outro lado, minerais não metálicos (-7,2%) e metalurgia (-5,6%) tiveram desempenho negativo. 

No caso da indústria extrativa, enquanto a pelotização e outras atividades cresceram 14,5% no segundo trimestre deste ano, petróleo e gás natural recuaram 30,6%, o que contribuiu para o resultado negativo da atividade.  

Economia capixaba cresceu no primeiro semestre do ano 

De janeiro a junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia capixaba avançou 3,6%, segundo o IAE-Findes.  

Tanto o setor de serviços quanto o da agropecuária cresceram nesta comparação, registrando altas de 6,2% e de 2,3%, respectivamente. Já a indústria contraiu 2,1%, puxada pela queda da indústria extrativa (-11,1%). 

Para o país, houve crescimento de 2,5% na economia, motivado pelo setor de serviços (4,1%) e pela estabilidade da indústria (0,2%), enquanto a agropecuária recuou 5,4%. 

SOBRE OS DADOS   

IAE-Findes   

O Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo – IAE-Findes é uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba. O IAE-Findes busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial do Estado.    

Por que um indicador de atividade econômica para o ES?   

O IAE-Findes é um indicador que permite mensurar a atividade econômica capixaba trimestralmente, com abertura setorial enquanto ainda não estão disponíveis as informações anuais do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE, que apresentam defasagem de 2 anos.   

 Por Siumara Gonçalves, com informações do Observatório da Indústria da Findes  

 

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