Diretor da CNI fala sobre a educação para competitividade da indústria

Existe a possibilidade de o Brasil ter um destino sem educação, inovação e tecnologia? Foi com este questionamento que o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, iniciou sua palestra no Workshop realizado na manhã desta sexta-feira, dia 04/05, no auditório da Findes.

O evento teve como objetivo informar e capacitar colaboradores do Sesi e Senai ES sobre a atual situação socioeconômica do país, além das realizações e diretrizes do Sesi e Senai nacional. A abertura do workshop ficou por conta do presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, que apresentou o Mapa Estratégico e a Missão da Federação para os próximos anos.

“Este planejamento foi construído ouvindo muitos industriais. Foram mais de 10 meses ouvindo todos os industriais em todo o Estado. Nós interagimos com o Departamento Nacional e fizemos pesquisas sobre a economia do país para chegarmos a este Mapa de Navegação. Agora cabe a nós conseguir fazer a entrega dos resultados esperados”, disse.

Lucchesi apresentou um panorama industrial no país e destacou a importância do Senai estarem alinhados com as novas demandas da indústria, com foco na competitividade e produtividade ao formar o trabalhador para atuar na quarta revolução industrial. “A missão prioritária da instituição é atender os desafios tanto de formação profissional quanto tecnológica para a competitividade da indústria. O Senai é um dos maiores e melhores sistemas de formação profissional do mundo”.

Ao fazer uma análise sobre a situação educacional do país, Lucchesi afirma que temos um grave problema: “Nos últimos 20 anos, o gasto per capita por aluno da escola pública no Brasil quadruplicou e os resultados da Prova Brasil de 2015 são piores do que o da Prova Brasil de 1995. Nós temos uma matriz educacional muito ruim. É o único caso na história de um país que quadruplicou seu gasto e não conseguiu um impacto semelhante na produtividade”.

O diretor reforçou a urgência da necessidade de uma mudança na matriz educacional. Entre os países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), cerca de 50% dos jovens fazem educação profissional junto com a educação regular. Em países mais desenvolvidos, como Áustria, esse média chega a 73%.


SENAI NO BRASIL

O Senai possui uma grande capilaridade no país. São 452 unidades móveis, 541 unidades fixas, atua em todos os Estados, possui 02 barco escolas e 189 laboratórios de serviços. Já atendeu 19.237 empresas e 2,6 milhões de matrículas por ano.  Mais de 80% de alunos formados no Senai conseguem entrar no mercado de trabalho.

A instituição possui 28 observatórios industriais que existem para entender como é funcionamento de cada setor da indústria com o objetivo de antecipar a formação de profissionais que atendam às necessidades reais da indústria. Com a chegada da Indústria 4.0, o Senai criou um grande Observatório Transversal para acompanhar as mudanças disruptivas que irão transformar todos os setores.

 

Sesi Educação e Saúde e Segurança do Trabalho

Na apresentação do modelo de educação do Sesi, o diretor afirma que a missão é que a escola seja voltada para a classe média baixa. Com o conceito de educação para o mundo do trabalho, a intenção é que a instituição interrompa os vícios da educação brasileira assistencialista ao instituir uma lógica voltada a inserção no mercado de trabalho. Para isso, são criados programas como robótica e empreendedorismo para fazer uma escola diferente.  Atualmente, o Sesi possui 800 unidades em todo o país. Conheça todos os programas das escolas do Sesi ES.

Luchessi também reforçou a importância da atuação do Sesi na área da Saúde e Segurança do Trabalho para as empresas, uma vez que o país é um dos líderes no ranking em acidentes do trabalho. “Um ambiente saudável e seguro reduz os riscos e torna a empresa mais produtiva, além de reduzir os custos com afastamentos”, disse.

Por Natalia Goldring

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