Desafios da lei de proteção de dados nas médias e pequenas empresas foi assunto de webinar

Com o intuito de disseminar o conhecimento e esclarecer pontos relevantes da implantação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Unidade de Compliance e a Unidade Jurídica da Findes apresentaram nesta quarta-feira (02), a webinar sobre os desafios da legislação, nas médias e pequenas empresas. Os convidados para abordar esse tema foram, o diretor jurídico da Fiesp, Luiz Cláudio Allemand, e a especialista em Processo Judicial Eletrônico, Dyna Hoffman.

A mediadora do evento, Luciana Spelta, coordenadora jurídica da Findes, explicou que a LGPD regula as atividades de tratamento de dados pessoais fazendo com que o Brasil faça parte do hall de países que contam com uma legislação específica para proteção de dados e da privacidade. A lei entrou em vigor neste ano, e tem gerado preocupações nas médias e pequenas empresas, pois não sabem como se adequar a essa legislação.

Os especialistas em LGPD destacaram a importância da implantação da legislação nas médias e pequenas empresas neste mundo onde a sociedade é extremamente conectada, informada e expressiva. De acordo com o diretor jurídico da Fiesp, Luiz Cláudio Allemand, são 24 milhões de crianças e adolescentes acessando a internet e 134 milhões brasileiros trafegando dados sensíveis, como, saúde, credo, raça, geopolítica e gênero.

“Não resta nenhuma dúvida sobre a importância da lei de proteção de dados. Pois, com base nos dados pessoais dos cidadãos, é possível monetizar e é também possível até manipular eleições. Apesar da implantação ter alto custo, pois é necessário uma equipe multidisciplinar, muitas empresas grandes, exigem que toda a linha de negócio, implemente a LGPD”, disse Luiz Claúdio.

Reforçaram também a importância de se trazer a cultura de proteção de dados para a empresa, bem como fazer treinamentos, desde a diretoria até os outros funcionários que tratam desses dados. “Outra análise que precisa ser feita e avaliada, é a estrutura de rede da empresa e verificar se os dados enviados estão sendo protegidos. Atualmente, muitas informações de trabalho são enviadas por whatsapp, por exemplo. Por isso é necessário se ter também uma implantação de cultura física”, disse Dyna Hoffman.

“A Federação das Indústrias como entidade de representação empresarial tem papel importante na promoção de debates sobre assuntos que afetam o setor industrial, e que devem ser consideradas no custo operacional”, frisou a gerente de Compliance, Viviane Silva Ribeiro.

No cenário empresarial, a cultura de proteção de dados deve ser alinhada com a política de governança, com o compliance e sempre se adequando com o tamanho da empresa.

 

*Por Raianne Trevelin

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