Cozinha Capixaba promove educação alimentar com comidas típicas do Espírito Santo

A marca do programa Cozinha Capixaba é a unidade móvel desenvolvida para levar educação alimentar a todos os municípios do Espírito Santo

Foi lançado, no dia 22 de fevereiro,  o programa Cozinha Capixaba, desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-ES). Com o objetivo de promover a educação alimentar dos trabalhadores do Espírito Santo, o programa resgata a história de 10 alimentos típicos do Estado. São 50 receitas, elaboradas por cinco chef’s, em parceria com nutricionistas do Sesi-ES, organizadas em dois livros. Além do material, o programa conta com uma unidade móvel, equipada com cozinha industrial, pronta para levar cursos ao interior do Estado.

Nos dois primeiros livros do programa, os destaques são os alimentos pescado, banana, café, mamão e morango (no volume I, o de capa rosa) e milho, inhame, coco, carne e laticínios (no volume II, o de capa amarela)

Segundo o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, o programa joga luz sobre a culinária do Espírito Santo. “Essa ideia surgiu quando percebemos a necessidade de divulgar a riqueza e a diversidade de nossa cozinha. Com receitas que destacam o produto capixaba, estamos fortalecendo toda a cadeia produtiva, do agricultor ao industrial. E graças à entrega de mais uma unidade móvel, estamos dando continuidade à missão de interiorizar as ações do Sistema Findes”, argumentou.

O superintendente do Sesi-ES e diretor regional do Senai-ES, Luis Carlos Vieira, reforçou o conceito presente no programa. “Estamos trabalhando com culinária de qualidade, de alto valor nutritivo e baixo custo. Queremos levar esse conceito para as merendeiras do Estado, para os hospitais, instituições de ensino superior e demais entidades com as quais podemos realizar parcerias. Mais que uma carreta, mais que um livro de receitas, o que lançamos hoje é um conceito, uma escola, fruto do trabalho da indústria capixaba”, pontuou.

O programa

Peixe, café, banana, mamão, morango, milho, coco, inhame, laticínios e carnes foram os alimentos selecionados para promover a educação nutricional dos capixabas nos dois primeiros livros do Cozinha Capixaba. Foi realizado um resgate histórico para contextualizar a importância de cada um deles e uma equipe multidisciplinar, formada por nutricionista, historiador, especialista em economia doméstica e alguns dos principais chef’s de cozinha do Estado, atuou na criação dos livros do Cozinha Capixaba, que servirão de material didático durante os cursos. A versão digital do material está disponível para download no site do Sesi-ES: www.sesi-es.org.br.

O chef Juarez Campos é um dos participantes do projeto

Durante a cerimônia de lançamento do programa, o chef Juarez Campos falou em nomes dos companheiros de profissão Júlio Lemos, Cleuza Costa, Francisco Assis e Paulo Gaudio. “Fiquei apaixonado pelo projeto desde o primeiro momento em que fui apresentado a ele. Sou um educador nato e me envolvi com afinco no projeto dessa escola móvel para resgatar, melhorar e divulgar nossa gastronomia”, relatou o chef, antes de sugerir que a unidade do Cozinha Capixaba esteja presente em festivais gastronômicos do Estado. “Uma ótima ideia”, concordou o presidente do Sistema Findes.

Unidade Móvel

Outro braço importante do programa Cozinha Capixaba é a unidade móvel, construída exclusivamente para levar o programa a todas as regiões do Espírito Santo, oferecendo cursos, palestras e oficinas, sempre com o intuito de valorizar os produtos regionais. Com investimento aproximado de R$ 1,4 milhão, a unidade possui cozinha industrial completa, totalmente adaptada, capaz de atender até 20 alunos por turma. “Melhor e mais bem equipada que o meu restaurante”, brincou o chef Juarez Campos ao conhecer o espaço.

A unidade destaca-se pelas inovações tecnológicas que irão, entre outros aspectos, torná-la autossustentável na questão do consumo de água. Um sistema captará a água do ar-condicionado para que seja utilizada na lavagem dos utensílios, por exemplo. Além disso, possui gerador próprio de energia, permitindo que as aulas sejam realizadas mesmo em situação de falta de luz. Câmeras de vídeo, instaladas em diversos pontos, ampliarão o ângulo de visão dos alunos, ajudando no aprendizado e no entendimento da execução das receitas.

A acessibilidade está garantida na unidade móvel, que possui também cadeiras para canhotos e obesos. A reposição dos alimentos será feita por uma porta separada da entrada dos alunos, onde fica a sala de pré-preparo. A unidade poderá ficar estacionada em qualquer tipo de terreno, pois possui um equipamento de autonivelamento inovador, pronta para adaptação a qualquer condição do solo.

Por Rafael Porto

Conteúdos Relacionados

Leave a Reply

Conteúdos Recentes

26 de abril de 2024
Multinacional de petróleo e gás vai apresentar os investimentos que fará no ES
25 de abril de 2024
Paulo Baraona é eleito presidente da Findes por unanimidade
25 de abril de 2024
Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia lista 19 propostas para tornar mercado de gás no ES mais competitivo