
Coinfra também tratou de um recorrente problema do setor elétrico: o Curtailment, que é a redução ou corte forçado da geração de energia que tem causado grandes custos para a indústria
Seis federações estaduais das indústrias se uniram para elencar projetos prioritários de infraestrutura do chamado Arco Leste – corredor logístico que conecta seis estados (Bahia, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo). A iniciativa batizada de Infraleste foi apresentada nesta terça-feira (30), na reunião do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, destacou que o objetivo do grupo é conectar o setor produtivo a autoridades estaduais e nacionais da área de infraestrutura para debater soluções que transformem o Arco Leste em uma integração logística estratégica para o Brasil.
“Ter uma boa logística significa aumentar a competitividade da infraestrutura nacional, cujo atraso tem causado grande custo de logística para a indústria. Ainda estamos discutindo questões do Século 20 no Século 21”, pontuou Baraona, que hoje presidiu a reunião do Coinfra. “Vamos trabalhar para fazer essa conexão com a maior objetividade possível, buscando viabilidade para atrair capital para investimentos”, completou.
O presidente da Findes ressaltou a importância do debate e do associativismo como meio de buscar consensos que possam levar a integração e melhora da infraestrutura do país. Ele comentou que vai buscar mais três federações para se juntarem às seis que integram o grupo: Fiems (Mato Grosso do Sul), Fiemt (Mato Grosso) e Fieto (Tocantins). Atualmente, fazem parte da iniciativa as federações das indústrias dos estados do Espírito (Findes), Bahia (Fieb), Goiás (Fieg), Minas Gerais (Fiemg), Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp).
O gerente executivo de Articulação e Competitividade Industrial da Findes, Ícaro Gomes, alertou que a ineficiência logística aumenta em até 7% os custos das exportações do Brasil. “O Infraleste nada mais é que tentar conectar esses estados que têm interesses comuns e necessidades comuns, com um único objetivo: destravar o futuro logístico do país. Não é possível transformar a logística sem articulação”, afirmou.
Prejuízos causados por cortes de energia
Durante a reunião, os conselheiros também trataram de um recorrente problema que tem atingido o setor elétrico: o Curtailment, que é a redução ou corte forçado da geração de energia. O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel, destacou que esse não é um problema exclusivo do Brasil, pois também é comum em países como Austrália, Alemanha, Chile e Inglaterra, que têm em suas matrizes restrições de redes. “Esse é um problema das fontes não despacháveis no mundo inteiro”, enfatizou Menel.
Esses cortes de energia, de forma geral, podem ser agrupados em duas categorias: limitações da rede ou considerações econômicas. De acordo com o gerente de Energia da CNI, Roberto Wagner Pereira, algumas empresas ficam inadimplentes e, em alguns casos, chegam a ter 50% de perdas de receita em razão dos cortes de energia.
As possíveis soluções passam principalmente pela melhora das tarifas de energia e da redução de subsídios para o setor elétrico.
Por CNI
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