Assuntos como o novo governo, a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os juros no país e o cenário internacional devem fazer parte do dia a dia dos brasileiros ao longo de 2023.
Para você ficar por dentro dos temas que vão nortear os negócios e a política local, nacional e global, separamos 7 tópicos que não devem sair da pauta. Confira:
1. Novo governo
No dia 1º de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como presidente da República. Entre os desafios postos estão: atender as demandas sociais e fortalecer o desenvolvimento econômico do país.
O novo governo conta com 37 ministérios, alguns frutos da divisão de pastas existentes.
2. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Uma das pautas da indústria, desde 2019, era a recriação do MDIC. Com a pasta ocupando novamente o status de ministério, será possível ampliar os ganhos e oportunidades gerados pela indústria, e impactam no processo de desenvolvimento do país.
Vale lembrar que a indústria capixaba representa 27,4% do PIB do ES, quase 30% da arrecadação de impostos (ICMS) e mais de 15,5 mil indústrias* responsáveis por gerar 220 mil empregos formais.
O ministro da pasta, Geraldo Alckmin, enfatizou, nesta quarta-feira (4/1), em seu discurso de posse, o papel da indústria brasileira no desenvolvimento do país e que o setor precisa retomar o seu protagonismo no PIB nacional.
3. Controle da dívida pública
A política fiscal é um dos temas econômicos que mais tem preocupado brasileiros e economistas acerca do novo governo.
O rombo nas contas públicas do Brasil pode alcançar R$ 430 bilhões. O valor equivale a 4,2% do PIB nacional, de acordo com cálculos realizados pelos economistas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Segundo especialistas, alguns fatores como a manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 e as desonerações de impostos federais – como a manutenção da isenção de impostos federais nos combustíveis – podem aumentar o custo para os cofres públicos.
4. Juros
Na última pesquisa Focus divulgada, concluída no dia 30 de dezembro, analistas consultados pelo Banco Central elevaram as projeções para inflação e previram menos cortes para a Taxa Selic em 2023.
Com isso, a expectativa do IPCA passou para: 5,62% em 2022, o centro da meta inflacionária era de 3,5%; 3,25% em 2023; e 3% em 2024. A margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Já a Selic chegará a 12,25% neste ano. O patamar atual da taxa é de 13,75%. Para 2024 segue a expectativa de que ela encerre a 9%.
5. Crescimento econômico
O boletim Focus apontou que a economia brasileira deve ter um crescimento tímido neste ano. A estimativa é que o PIB cresça 0,8% em 2023 e 1,50% em 2024.
A desaceleração começou a dar sinais no terceiro trimestre de 2022, quando o PIB teve alta de apenas 0,4%, depois de 12 meses com fortes altas.
6. Cenário internacional
Não é só o Brasil que vai enfrentar esse crescimento menor. A média global do crescimento das riquezas dos países projetada para 2023 é de 2,7%. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), no ano passado o crescimento foi de 3,2%.
Dos 10 países com as maiores participações nas exportações brasileiras em 2021, oito têm projeção de crescimento para este ano menor do que para o ano passado. O Chile, por exemplo, tem até expectativa de retração da economia.
Outro ponto a ficar atento é a Guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. O fim do confronto representaria uma redução grande da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária reduza, de forma gradual, a inflação.
7. Economia verde
O conceito da economia verde busca aliar crescimento econômico com justiça social e preservação do meio natural.
A busca do mundo por uma economia sustentável abre para o Brasil um leque de oportunidades, entre elas a de produção e exportação de energias de fontes renováveis.
O Acordo de Paris sobre Mudança Climática estabeleceu como diretriz zerar a emissão de carbono até 2050. Com isso, as metas de descarbonização da economia, ou ainda as metas de carbono neutro, vêm sendo assumidas por um número crescente de empresas e governos.
Por Siumara Gonçalves
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