O Brasil ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) neste ano.

Com o resultado, o país é agora o primeiro colocado da América Latina (quem ocupava a liderança no ano passado era o Chile), terceiro lugar entre os Brics e 49º entre 132 países que são avaliados pela pesquisa, voltando assim ao top 50 depois de mais de uma década fora dele.

Hoje, os cinco países mais bem colocados no índice são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura.

Os dados foram divulgados na última quinta-feira (27), durante a abertura do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, realizado pela CNI e pelo Sebrae, em São Paulo. A classificação é divulgada anualmente, desde 2007, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

É importante lembrar que mesmo ganhando posições por três anos consecutivos, a colocação brasileira ainda pode ser considerada aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo. Além disso, a melhor posição do Brasil no IGI foi em 2011, quando esteve no 47 º lugar.

O Brasil ainda possui um potencial inexplorado para melhorar o seu ecossistema de inovação. Não avançamos ainda mais no ranking de países inovadores porque é preciso uma maior integração entre os setores científico e empresarial. Ou seja, fazer com que seja desenvolvido dentro dos institutos de ciências aplicadas e das universidades uma sintonia com as reais necessidades das empresas.

Para isso, surgiram alguns movimentos que buscam integrar setor produtivo, academia e poder público. A nível nacional, temos a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e no Estado a Mobilização Capixaba Inovação (MCI). Mas, para além dessas iniciativas, são necessárias políticas públicas modernas e atualizadas que dialoguem com as necessidades do setor produtivo.

O Brasil pode liderar um segmento chamado ecoinovação, que é a inovação de baixo carbono, reduzindo a emissão de CO². Inclusive, esse é o tema do Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que aconteceu na quarta e quinta-feira (28), em São Paulo, e que a Findes participou.

Uma pesquisa divulgada esta semana pela CNI revela que quase metade das indústrias brasileiras têm projetos ou planos de ação em ecoinovação. Na América Latina, o Brasil desempenha um papel de liderança na corrida da tecnologia verde. Mas é preciso ir além!

Para os organizadores do IGI, o Brasil precisa estabelecer uma cultura de ecoinovação. Mas, isso envolve aumentar a propensão das empresas a assumir riscos e reforçar o apoio governamental à inovação verde.

As áreas de gestão de resíduos, conservação de energia, energia alternativa e transporte oferecem capacidades inovadoras promissoras na indústria brasileira. Essas inovações podem reduzir o impacto ambiental de um produto, serviço ou em um processo de produção.

E ainda, geralmente, estão relacionadas a otimização de processos, redução de custos e a melhoria na qualidade dos produtos. Essa é uma demanda que só vai crescer, e a indústria brasileira pode se beneficiar e influenciar o mundo inteiro.

O ES já está de olho nessa tendência global!

A Findes apresentou no último final de semana, durante o 14º Meeting de Líderes Industriais em primeira mão, Descarbonizaí. O projeto é uma solução para atender toda a cadeia industrial capixaba. Ele vai aliar sustentabilidade, inovação, resultados e, ainda, fortalecer a reputação das empresas junto aos seus públicos consumidores.

O Descarbonizaí está sendo desenvolvido pelo Instituto Senai de Tecnologia e terá como foco as pequenas e médias indústrias. O lançamento do piloto está previsto para novembro e a implantação de todas as funcionalidades para o primeiro trimestre de 2024.

Com informações da Agência de Notícias da Indústria – CNI

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