Estimular a competitividade e promover a cultura exportadora, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em comércio exterior. Estes foram alguns dos pontos que pautaram curso de “Capacitação: exportação passo a passo”, oferecido pelo “Mais Negócios” e o Centro Internacional de Negócios do Espírito Santo (CIN), no auditório da sede da federação, em Vitória.

Na ocasião, empresários de diversos setores produtivos puderam identificar oportunidades comerciais no mercado, estudos logísticos e de viabilidade econômica, além de conhecerem a estruturação e a execução da exportação.

O curso foi ministrado pelo professor de Comércio Exterior, Administração de Empresas e Logística Internacional, em diversas instituições de ensino, Luiz Roberto Oliveira. “De forma prática e didática, trouxemos ferramentas e orientações desde a etapa de negociação até o pós-vendas. Nós mostramos todos os conceitos sobre comércio exterior, introduzimos as ferramentas governamentais de apoio, reunimos as instituições parceiras e apresentamos todos os fundamentos para que a empresa possa comercializar seus produtos fora do Brasil”, detalha Luiz Roberto.

“O empresário participou de uma simulação completa do ambiente de comércio exterior, incluindo pesquisas de mercado, aspectos gerais de alguns países que sejam um potencial comprador, os sistemas tarifários e a adequação de seu produto ao mercado-alvo, entre outras ações”, ressaltou.

Sobre o Espírito Santo, Luiz Roberto enfatizou o enorme potencial capixaba, bem como os setores que já possuem forte atuação no mercado internacional. “O Espírito Santo já possui forte inserção internacional nos setores de rochas ornamentais, alimentos, confecção e mineração, entre outros. Trata-se de um Estado com vocação internacional, por estar muito bem localizado e contar com boa estrutura logística”, destaca.

O gerente de Promoção de Negócios Internacionais, Nacionais e Regionais da Findes, Renato Fasolo, lembrou que as empresas romperam paradigmas e perceberam que o mercado também é para elas. “Os participantes visualizam todas as etapas de uma exportação formal. De forma bem especifica, informa os alertas e os cuidados nas etapas do processo. Por fim, ajuda com o rompimento de barreiras culturais deixando bem claro, que para exportar são necessários alguns procedimentos, mas que exportar não é algo mítico”, ressaltou.

“A partir do treinamento em exportação, poderemos inserir mais empresas no comércio internacional, incluindo outros setores que ainda possuem negócios tímidos com outros países”, enfatizou Fasolo.

Os participantes aprovaram

Atuo no setor de importação da Fortlev, uma área extremamente relevante para a nossa empresa, já que importamos nossa matéria prima e insumos de diversos países. Na exportação, atuamos de forma esporádica enviando amostras, manutenção de equipamentos. Participei do curso com o objetivo de conhecer os processos, meios de pagamentos, analises de documentos. Com uma demanda muito alta no mercado nacional e com o fortalecimento na nossa marca no Brasil, nossa meta agora é expandir e passar a atender também outros países.

Rodrigo Silva Rodrigues, analista de Importação da Fortlev

Há três meses foi formalizada a intenção de compra de uma empresa dos Estados Unidos e diante do pedido, começamos a buscar quais caminhos eram necessários para o processo de envio de amostra e adequações necessárias para formalizarmos a exportação. Fizemos desenvolvimentos, ajustamos formulações de acordo com o paladar do cliente e enviamos as amostras para aprovação. Os produtos foram aprovados e prosseguimos com a negociação. Para nós, que buscamos iniciar nesse processo e não tínhamos informações a respeito, o curso foi extremamente importante e um grande estímulo de entrada no mercado internacional.

Priscila de Sá Lopes, gerente de Qualidade e Processos na Sorvetes Paletitas

Por Cinthia Pimentel