Outubro é o mês de promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. A campanha Outubro Rosa abre espaço para novas discussões, promoção de conhecimento e estímulo à postura de atenção das mulheres. O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Para isso, é necessário prevenir.
A médica do Trabalho da Divisão de Segurança e Saúde do Sesi-ES, Lais Coimbra, alerta que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, depois do câncer de pele: a cada ano, o número de novos casos aumenta em cerca de 25%. “É importante que as mulheres observem suas mamas valorizando a eventual descoberta de pequenas alterações mamárias. A maior parte dos cânceres de mama é detectada pelas próprias mulheres”, alerta.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) uma vez a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas. “Já as mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com o seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada. Com rastreamento precoce permite-se um tratamento menos agressivo para a mulher e a chance de cura é maior”, afirma.
Exemplos de superação
Quem já viveu a experiência da doença afirma que para vencer essa batalha é preciso lutar e nunca desistir. Essa é a dica da enfermeira do Trabalho do Sesi Saúde Colatina, Carina Gomes Ferrari, que descobriu a doença aos 36 anos em sua primeira mamografia. “Foi um grande susto! Recebi o resultado da biopsia pela internet, em casa, sozinha, após um dia de trabalho. Meu mundo desabou e eu só pensava nos meus filhos, nos meus pais. Mas não me deixei adoecer, fui à luta. É claro que temos momentos difíceis, como a primeira vez que me olhei no espelho após a cirurgia da mama e não me reconheci. Procurei profissionais de diversas áreas. Um médico de Vitória me prescreveu a quimioterapia, já estava até com a data marcada para iniciar, mas algo me dizia que eu não precisava passar por esse tratamento. Então fui para São Paulo, lá fiz novos exames, e o resultado foi que eu não precisava fazer a quimioterapia, e sim uma radioterapia. Isso para mim foi um grande milagre de Deus”, conta.
A força de vontade em viver, segundo Carina Gomes, é algo imprescindível para vencer a doença. “Mesmo sentindo muito cansaço, não parei. À tarde eu fazia a sessão de radioterapia e à noite fazia aulas de zumba, dançava e cantava. E assim passaram-se os dias. Você tem que confiar e acreditar com todas as suas forças. Não adianta ficar parada se fazendo de vítima, porque assim as coisas não se resolvem. É lutar diariamente”, disse.
Ao vencer essa batalha, o que fica são as lembranças e o desejo de virar a página e recomeçar. A gerente do Sesi Saúde Vitória, Gisele Ramos Friggi, após realizar duas cirurgias e radioterapia já retomou a vida normal. “Estou completando cinco anos de tratamento, o que já é considerado cura. Saí de tudo isso fortalecida, Deus me concedeu a oportunidade do diagnóstico precoce e de um tratamento com sucesso. Aprendi a valorizar a vida, os momentos, a família de uma forma diferente, especial. Tudo tem seu tempo e propósito. Falo da minha experiência para incentivar a prevenção. De outra forma, eu não estaria tão bem hoje – aliás, mais fortalecida e recuperada”, afirma.
Sistema Findes no Outubro Rosa
Como faz todo ano, o Sistema Findes apoia a campanha do Outubro Rosa. Quem passar pela Reta da Penha durante o mês da ação poderá ver a fachada do prédio iluminada na cor rosa.
Por Natália Magalhães