Com o objetivo de intensificar as relações econômicas com a França, uma comitiva de empresários capixabas, coordenada pelo presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, participou, no dia 20 de maio, do Fórum Econômico Brasil-França, realizado em Paris.
Para o presidente Marcos Guerra, o Fórum foi muito produtivo e servirá para a prospecção de novos mercados para os capixabas. “Tivemos a oportunidade de trocar contatos com empresários europeus, além de mostrar aos franceses as oportunidades e a diversificação da indústria do nosso Estado”, avaliou.
O presidente da Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção da Findes, Houberdam Pessotti, também participou da viagem, e aproveitou a oportunidade para realizar uma visita técnica à indústria francesa Lussiana, que produz artefatos de concreto.
“O Fórum foi muito importante, principalmente para o meu setor produtivo. Encontrei na França uma empresa que será nosso fornecedor. Eu visitei a empresa deles e recebo nesta semana um representante francês aqui em nosso Estado, para conhecer a minha indústria, as nossas potencialidades econômicas e firmar parcerias”, comemorou Houberdam.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, liderou a missão empresarial ao Fórum Econômico Brasil-França com nove presidentes de Federações Estaduais de Indústrias e mais de 70 empresários brasileiros. Braga afirmou que a indústria brasileira quer rapidez na conclusão das negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Os empresários brasileiros temem que uma movimentação protecionista da agricultura francesa emperre as negociações do bloco e decidiram buscar aliados na indústria francesa. Atualmente, a França é uma grande beneficiária dos subsídios agrícolas europeus. “Estamos preparados para discutir transferência de tecnologia e inovação, mas uma ampliação da relação bilateral depende do acordo de livre comércio”, disse.
Robson Braga de Andrade entende que a rápida conclusão do acordo é decisiva para a melhora das relações comerciais entre os dois países. A indústria brasileira acredita que, com o acordo, ambos os países seriam beneficiados pela ampliação de seus mercados, com isenção de tarifas e redução de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias.
Também participaram do encontro o ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Mauro Borges, e dirigentes de Vale, Embraer, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Eletrobras e BNDES.