A Federação das Indústrias do ES (Findes) encaminhou à Capitania dos Portos um ofício que reforça o pedido para que seja dado início às manobras experimentais com navios de calado superior a 10,67 metros no Porto de Vitória. O presidente da Findes, Léo de Castro e o presidente do Conselho de Infraestrutura da Findes, Wilmar dos Santos Barroso Filho, começam a mensagem encaminhada ao Capitão dos Portos do ES, Washington Luiz de Paula Santos enfatizando a importância das manobras que têm um apelo significativo não só para a indústria capixaba, mas para o comércio exterior brasileiro, pois poderão permitir operações com navios de maior calado, fazendo com que linhas comerciais não mais operantes no nosso porto possam retornar, reduzindo custos de fretes para as mercadorias que entram e saem pelo nosso Estado.

“A intenção da Findes e do Coinfra é defender a melhoria da infraestrutura logística do Estado, o que inclui a importância da dragagem para a modernização de seus portos”, completa o presidente Léo de Castro.

A movimentação de contêineres no Estado, segundo dados da ANTAQ, demonstra uma queda preocupante, alerta a carta. Ela caiu de 259 mil TEU em 2011 para 181 mil TEU em 2017. A recuperação parcial, que permitiu a operação de 207 mil TEU em 2019, se deu em função de uma movimentação de 80% dos contêineres por cabotagem, processo que encarece a logística de nossa indústria, como, por exemplo, a de rochas ornamentais e do café, sem contar o impacto sobre a estrutura de distribuição de carga dos Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (CLIAs) capixabas.

“Agora, após vários anos aguardando a conclusão de intermitentes trabalhos de dragagem, as expectativas de se ter um porto com capacidade de receber navios maiores que possam fazer diretamente as rotas internacionais de longo curso trazem de volta a esperança.

Entendemos que a Capitania dos Portos conduz esse processo com toda a responsabilidade que ele requer. Queremos tão somente, aqui, reforçar o pedido de urgência para que possamos voltar a ter um porto capixaba novamente pujante e com perspectiva de crescimento”, reforça o presidente da Findes.

Por Carol Veiga
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