Em evento para formalizar financiamento da imetame, findes defende atuação de bancos estaduais no desenvolvimento da indústria

Um consórcio formado pelo Bandes e Banestes vai financiar cerca de R$ 40 milhões para a Imetame Energia, de Aracruz. Os recursos serão utilizados para o pagamento à Petrobras dos direitos de exploração dos campos terrestres do polo Lagoa Parda, na região do Rio Doce, arrematados pela empresa capixaba. No evento para a formalização do financiamento, realizado nesta segunda-feira (13) por videoconferência, o presidente da Findes, Léo de Castro, destacou a importância dos bancos estaduais no fomento à industrialização do Estado.

“O Bandes tem um papel histórico na industrialização do Espírito Santo. Vejo que Bandes e Banestes estão esforçando para se colocarem no mercado de forma competitiva e, com este financiamento, cumprem um papel importante. Precisamos ter os bancos ativos e presentes no desenvolvimento do Estado. Não há sociedade desenvolvida sem indústria forte. A indústria cria demanda derivada, gera oportunidades e estimula toda uma cadeia de fornecedores”, disse Léo de Castro.

O presidente da Findes elogiou ainda a estratégia da Petrobras, de leiloar blocos on shore para se dedicar à exploração do pré-sal: “Ela deve fazer isso mesmo, é a estratégia mais correta”.

O governador Renato Casagrande destacou também a importância da indústria: “O Estado que abre mão de sua indústria, abre mão de seu futuro. A indústria precisa de estímulo. A atividade industrial gera outras atividades da economia. Nossa relação com a Findes é muito boa com o presidente Léo de Castro, e será também com a Cris Samorini. Queremos ter uma boa relação com a Federação das Indústrias, para o desenvolvimento do Espírito Santo”, disse Casagrande, referindo-se a Cristhine Samorini, presidente eleita da Findes, que toma posse no próximo dia 29.

A Imetame Energia adquiriu, junto à Petrobras, a totalidade de participações nos campos terrestres do polo Lagoa Parda, no Espírito Santo, por US$ 9,3 milhões. O polo compreende três concessões de produção na porção Central do Espírito Santo, ao sul da foz do Rio Doce. A estimativa é que, ao longo do projeto, sejam gerados mais de R$ 100 milhões em arrecadação de tributos e royalties.

O novo bloco adquirido junto a Petrobrás é composto de poços maduros, ou seja, poços que já estão em produção e, a partir da homologação da ANP, a produção já gera receita para empresa. Com os investimentos até aqui realizados pela Petrobras, e com os novos investimentos da empresa, a expectativa é que a produção do campo se mantenha estável e que todos os empregos locais sejam mantidos.

O diretor-executivo da empresa, Gilson Pereira Júnior, ressalta o papel de contribuição do investimento para o desenvolvimento do Estado. “Agradecemos ao Governo do Estado, Bandes e Banestes, por estarem contribuindo com o desenvolvimento das empresas capixabas, proporcionando geração de empregos e renda e aumento da arrecadação do Estado e municípios. Iniciativas como esta fortalecem o crescimento das empresas e criam oportunidades para que o Espírito Santo se torne cada vez mais um Estado de destaque na economia do País”, observou.

Casagrande também celebrou o fato de uma empresa capixaba se destacar em uma cadeia produtiva tão importante, como a de extração de petróleo. “Estamos ansiosos e esperançosos para que o Porto da Imetame, em Barra do Riacho, comece a operar para que possamos aumentar nossa competitividade. Precisamos compreender que a atividade industrial gera todas as outras atividades da economia e, por isso, é fundamental que o Estado mantenha sua visão estratégica com as indústrias”, afirmou o governador.

O diretor-presidente do Bandes, Maurício Cézar Duque, aponta para o sucesso dos financiamentos consorciados entre os bancos. “Atuando como banco líder do consórcio, pudemos articular essa operação em parceria com o Banestes, o que vai proporcionar o fomento das atividades econômicas de todo o setor na região, já que o mercado de petróleo e gás movimenta outras cadeias produtivas, que vão desde a logística até a prestação de serviços”, explicou.

O desenvolvimento dos setores econômicos do Espírito Santo é uma premissa dos bancos estaduais, conforme ressalta o diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande. “Como banco dos capixabas, o Banestes atua com foco no fomento da economia local, com a oferta de crédito para o setor industrial, consolidada aos pilares do desenvolvimento econômico. O setor de petróleo e gás congrega grande potencial de crescimento econômico e de oportunidades de negócios. Neste momento de pandemia, é imprescindível que possamos contribuir com iniciativas deste porte”, disse.

 

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