14/02/2014 – Eleitor capixaba diz que saúde é o maior problema do ES, aponta pesquisa CNI/Ibope

Cerca de 60% dos capixabas apontam a saúde como o maior problema do Estado, seguido de segurança pública (50%), drogas (39%) e educação (27%). Já as prioridades para o governo federal em 2014 seriam: melhorar os serviços de saúde, o combate à violência/criminalidade e a melhoria na educação, respectivamente.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta semana a pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira – Problemas e Prioridades para 2014”, realizada em parceria com o Ibope em todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Na pesquisa, 60% dos capixabas entrevistados elegeram a saúde o principal problema do Espírito Santo atualmente, seguido de segurança pública/violência (50%), drogas (39%) e educação (27%). Foram ouvidas 15.414 pessoas em todo país, sendo 614 no Espírito Santo, todas na condição de eleitores.

Os capixabas entrevistados também apontaram os problemas do governo federal e dos municípios. No âmbito nacional, a preocupação com a saúde sobe para 63% dos entrevistados, seguida de segurança pública/violência (46%), com drogas (32%) e educação (31%) bem próximas no ranking. Já no âmbito municipal – o que o capixaba considera como maiores problemas enfrentados atualmente em seus municípios, o panorama muda um pouco: saúde ainda lidera (49%), seguida também de segurança/violência (38%); educação sobe no ranking (21%) e rede de esgoto assume a 4ª posição (20%). Geração de empregos (18%) e calçamento de ruas e avenidas (17%) também se destacam no âmbito municipal.

A pesquisa CNI/Ibope ainda levantou as prioridades para o governo federal em 2014. Os capixabas consideram como prioridades: melhorar os serviços de saúde (49%), combater a violência e a criminalidade (34%), melhorar a qualidade da educação (32%) e aumentar o salário mínimo (22%) – nas amostragens relativas aos principais problemas, o salário não passou de 10% de citações, o que de certa forma enfatiza que o cidadão capixaba – e brasileiro em geral – está realmente preocupado com a melhora na prestação dos serviços públicos em saúde, a violência e a educação.

Resultado nacional

Os resultados do ranking capixaba são parecidos com os nacionais. Quase metade da população brasileira (49%) diz que melhorar os serviços de saúde deve ser prioridade para o governo federal em 2014, ano de eleição do novo presidente da República. Em seguida, aparece o combate à violência e à criminalidade e a melhora da qualidade da educação. As duas questões devem ser priorizadas na opinião de 31% e 28% dos 15.414 entrevistados – a soma é maior que 100% porque era permitido escolher até três opções.

As áreas são também os principais problemas do país, na opinião dos entrevistados. Em seguida, ganham destaque na lista de prioridades o aumento do combate às drogas (23%), o reajuste do salário mínimo (23%) e o combate à corrupção (20%). “Os resultados da pesquisa mostram quais são as insatisfações do brasileiro. Esses problemas não são novos e devem ser priorizados não só por esse governo, como também pelos próximos. Não são questões de solução fácil e que possam ser resolvidas no curto prazo”, afirma o gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Investimentos de R$ 150 milhões em educação e novos projetos sociais

Como parte do Sistema Indústria Nacional, a Federação das Indústrias do Espírito Santo –Findes – já possui um planejamento concreto que vai ao encontro de algumas das principais prioridades apontadas pela pesquisa CNI/Ibope. O presidente da Findes, Marcos Guerra, anunciou no final de dezembro de 2013 um Plano de Investimentos da ordem de R$ 150 milhões a serem aplicados até 2017. Mais de 80% destes recursos serão aplicados em educação, que ficou em 4º lugar na pesquisa como “os principais problemas” enfrentados no Espírito Santo, e em 3º lugar no ranking das “prioridades” para 2014. Os recursos serão destinados a ações diversas, com destaque para a reforma, modernização tecnológica, ampliação e criação de novas unidades para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Marcos Guerra explica que a medida tem como objetivo atender à demanda gerada pelos novos projetos industriais que estão em fase de instalação no Estado, interiorizar e ampliar as ações do Sistema Findes e, consequentemente, aumentar o valor agregado da indústria capixaba. “O Espírito Santo realiza ao longo do ano a instalação e/ou conclusão de importantes plantas industriais que giram em torno de R$ 24,88 bilhões. E um dos principais desafios é a qualificação da mão de obra. Vamos investir pesado na modernização dos laboratórios do Senai, na expansão da rede de prestação de serviços de educação básica, profissional e corporativa, em saúde, segurança e qualidade de vida do trabalhador, com reformas, ampliações e construções de novas unidades do Sesi, do Senai e do IEL em diferentes regiões do Estado, além do uso de Escolas Móveis e Agências de Treinamento Municipais (ATMs) em municípios que não contam com estrutura fixa de nossas entidades de ensino profissional”, afirma o presidente da Findes.

Marcos Guerra ressalta que tais investimentos se revertem diretamente na geração de emprego e renda, atuando de forma incisiva na redução de problemas sociais ocasionados pelo desemprego, por exemplo. Além disso, o presidente da Findes destaca os diversos programas sociais desenvolvidos pelo Sistema Findes, como o projeto Cristolândia (pareceria entre Sesi-ES e Missões Especiais da Igreja Batista que cuida de dependentes químicos oferecendo qualificação profissional durante o tratamento), ViraVida ES (lançado oficialmente no dia 29 de janeiro, pelo Conselho Nacional do Sesi, e que promove a transformação da vida de jovens entre 16 e 21 anos vítimas de abuso sexual ), além de parcerias pontuais para a qualificação profissional entre Sesi/Senai com entidades como Sejus (Secretaria de Estado da Justiça), Iases-ES (Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo), entre outras.

Veja os resultados completos da pesquisa (versão para download).

Veja os dados da pesquisa específicos para o Estado do Espírito Santo.

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