Artigo – Um diploma técnico em mãos é praticamente garantia de emprego

Aluna do Senai | Foto: Renan Donato/Findes

A educação é um alicerce indispensável para se alcançar novos e ousados projetos. É fato que a falta de mão de obra industrial qualificada não é apenas um desafio do Espírito Santo, é reflexo de uma questão nacional, e, por isso, temos em mãos uma missão muito importante pela frente: promover a qualificação e requalificação de pessoas de maneira que acompanhem o processo acentuado de desenvolvimento regional que o Estado vive com a expansão e a chegada de indústrias.

Com 16,2 mil indústrias instaladas no Espírito Santo, responsáveis pela geração de 232,7 mil postos de trabalhos formais, é notório que estamos diante de um setor com enorme capacidade de gerar empregos, renda e irradiar oportunidades.

Projeções do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) apontam que a atividade econômica capixaba deve crescer 3,1% neste ano e a indústria vai ser a principal impulsionadora desse resultado, tendo uma alta de 6%. Teremos ainda, ao longo dos próximos anos, grandes investimentos de norte a sul. Segundo dados da Bússola do Investimento da Findes, até 2028, o Estado receberá ao menos R$ 58 bilhões, sendo R$ 50 bilhões provenientes de projetos industriais.

É preciso estar preparado para o futuro, e a Findes vem mobilizando os atores locais para antecipar as demandas e ofertar soluções mais flexíveis, feitas sob medida para cada localidade. Um passo importante para a realização desse mapeamento vem sendo a construção e entrega de agendas propositivas. Iniciado no final de 2022, o projeto já entregou para 12 das 14 regionais da Findes documentos baseados na escuta ativa e construção coletiva dos desafios e oportunidades dos municípios capixabas.

Entre as pautas mais debatidas está a educação e capacitação profissional. Para promovermos o desenvolvimento socioeconômico sustentável e garantir um futuro próspero para o Brasil é fundamental ter mão de obra qualificada. Nesse contexto, o aperfeiçoamento dos atuais profissionais diante do uso das novas tecnologias e a maior atração de jovens para a formação em cursos profissionalizantes são alguns dos desafios a serem solucionados. São esses jovens, a propósito, que escreverão os próximos capítulos do crescimento da indústria brasileira.

O que muitos não sabem é que, no Brasil, ter um diploma técnico em mãos é praticamente garantia de emprego e, muitas das vezes, com maior salário em relação às vagas que exigem formação em ensino superior. Prova disso é que oito em cada 10 egressos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão empregados.

Para 2024, o Senai ES prevê disponibilizar cerca de 56 mil matrículas em diferentes cursos, um volume 6,5% maior do que em 2023, o que reforça o compromisso da instituição em fazer frente ao desafio da necessidade de mão de obra qualificada, e sempre de forma conectada com as demandas das indústrias capixabas.

A participação do setor nesse processo de construção da formação profissional é de extrema relevância. Quando uma empresa leva ao seu sindicato as suas reais necessidades de mão de obra, ou seja, quais os tipos de habilidades profissionais que o candidato ou até mesmo o colaborador da indústria precisa ter, o Senai pode adaptar e/ou implementar essas competências necessárias na grade curricular do curso. Com isso, os profissionais formados se tornam ainda mais aderentes às necessidades do mercado e o Senai mais assertivo na oferta dos cursos.

Acompanhamos programas de qualificação profissional que, definitivamente, transformaram a realidade econômica de regiões inteiras no Brasil. Essas iniciativas incluem educação formal, treinamento prático e apoio a empresas locais, gerando um círculo virtuoso de desenvolvimento.

A manutenção desse processo também precisa do esforço conjunto de governos, empresas, academia e sociedade civil. Políticas e ações afirmativas de inclusão social e de atendimento à diversidade devem ser estimuladas, implantadas e consolidadas na educação profissional e tecnológica.

Com esse olhar estratégico, é possível reafirmar que o papel da educação transcende a transmissão de conhecimento. A educação se torna a força motriz capaz de moldar um futuro robusto e sustentável para o desenvolvimento socioeconômico de um país e para a construção de uma sociedade inovadora, empreendedora e mais humana.

Paulo Baraona, vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes)

 

Publicado por A Gazeta, em 09 de março de 2024

 

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