FINDES articula parcerias entre empresas do ES e profissionais refugiados

Foto: Divulgação/FINDES

O Conselho de Responsabilidade Social (Cores) da FINDES promoveu uma palestra para apresentar o Operação Acolhida, iniciativa do Governo Federal que oferece assistência a migrantes e refugiados venezuelanos em Roraima.  

A FINDES recebeu, nesta terça-feira (4), representantes do Exército Brasileiro de Roraima para apresentar o programa Operação Acolhida, iniciativa do Governo Federal voltada à acolhida, capacitação e interiorização de refugiados e migrantes. O encontro foi promovido pelo Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) da Federação, na sede da FINDES, em Vitória.
O seminário reuniu empresários e lideranças do setor produtivo para conhecer de perto as oportunidades de contratação de profissionais migrantes e refugiados que vivem atualmente em abrigos no Norte do país. A apresentação foi conduzida pelo chefe do Centro de Coordenação de Interiorização (CCI), coronel Paulo Eduardo Gressler da Rocha Paiva, e pelo chefe do Centro de Capacitação e Educação (CCE), tenente-coronel Otacílio Freire. 

Parceria FINDES e Operação Acolhida 

A palestra realizada nessa terça-feira (04) foi mais uma ação da FINDES, que, por meio de suas câmeras setoriais e conselhos temáticos, atua em diversas frentes para apoiar o setor industrial capixaba. A Federação tem articulado a conexão entre empresas e o programa Operação Acolhida, aproximando a demanda por profissionais qualificados das oportunidades de inclusão de migrantes e refugiados no mercado de trabalho, unindo estratégia econômica e impacto social.
Para o presidente da FINDES, Paulo Baraona, a iniciativa reforça o comprometimento da instituição com a integração e o desenvolvimento do Espírito Santo. “A FINDES reafirma, com esta iniciativa, seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo, reconhecendo o papel fundamental do Exército Brasileiro na condução de ações humanitárias que promovem a dignidade, a cidadania e a integração socioeconômica de populações em deslocamento forçado”, destacou Baraona. 

O que é a Operação Acolhida 

Criada em 2018, a Operação Acolhida já abrigou mais de 181 mil migrantes e interiorizou mais de 154 mil pessoas em todo o país. No Espírito Santo, o programa já beneficiou mais de 1.060 pessoas, sendo mais 820 migrantes contratados por empresas capixabas. Entre os municípios que mais receberam estão Linhares, Vila Velha, Vitória, Aracruz e Marechal Floriano. Coordenada pelo Exército Brasileiro, a Operação Acolhida realiza as etapas de recepção, identificação, triagem, acolhimento, capacitação e interiorização. 
Um dos eixos do programa é o trabalho desenvolvido pelo Centro de Capacitação e Educação (CCE), responsável por oferecer formações adaptadas às necessidades de cada pessoa ou grupo. As capacitações abrangem desde cursos básicos de idioma e cidadania até formações técnicas e profissionalizantes em diferentes áreas. O CCE atua em parceria com instituições de ensino e de formação profissional, como o SENAI, ampliando o alcance e a diversidade das oportunidades de qualificação.
Outro eixo de destaque do programa é a Interiorização, que ocorre por quatro modalidades: Reunificação familiar, Reunião social, Institucional e Vaga de Emprego Sinalizada (VES). Na reunificação familiar e na reunião social, o migrante é acolhido, respectivamente, por familiares ou amigos em outros estados. Já na interiorização Institucional, o acolhimento é feito por um Centro de Acolhimento e Integração. A modalidade VES, realizada exclusivamente no Centro de Coordenação de Interiorização (CCI) em Boa Vista (RR), realiza o deslocamento de migrantes com emprego garantido, formalizado por meio da Declaração de Intenção Inicial das Partes (DIIP). A modalidade VES tem prioridade no programa por apresentar maior eficácia. 

Como as empresas podem participar 

As empresas interessadas em aderir à Operação Acolhida podem se cadastrar e oferecer vagas de emprego sinalizadas (VES) para migrantes e refugiados. O processo é gratuito, seguro e conduzido em etapas coordenadas pelo Exército Brasileiro, com prazo de 45 a 90 dias após a aprovação do formulário. 

O fluxo inclui cinco fases principais: 

  1. Cadastro da empresa: preenchimento do formulário e indicação do perfil do profissional desejado, além das condições iniciais oferecidas (moradia, alimentação etc.); 
  1. Seleção e exames: divulgação das vagas aos migrantes, entrevistas presenciais ou por videoconferência e realização de exame admissional; 
  1. Revisão documental: verificação de toda a documentação pessoal e empresarial; 
  1. Fit for Travel: avaliação médica e verificação das vacinas conforme o calendário do SUS; 
  1. Logística: seleção do meio de transporte, custeio das passagens e acompanhamento até a cidade de destino. 

As empresas participantes se comprometem a garantir alojamento e alimentação durante o primeiro mês de trabalho, favorecendo a adaptação e a integração dos migrantes à rotina local e corporativa.

Da acolhida ao emprego
Os resultados têm sido expressivos: entre 2018 e 2025, mais de 28 mil migrantes foram interiorizados por meio de vagas de emprego sinalizadas, sendo 4,3 mil apenas neste ano. A cidade de Vila Velha aparece entre as principais do país em número de contratações. Empresas participantes relataram experiências bem-sucedidas, destacando o comprometimento, a rápida adaptação e o impacto positivo na cultura organizacional. A inclusão produtiva de refugiados tem se mostrado uma estratégia de sucesso, que alia propósito social e fortalecimento dos negócios. 

Serviço 

Entre em contato com a equipe responsável: 

(61) 98294-6264 — TC Otacílio (Ch CCE) 

(95) 99165-0412 — Cel Paiva (Ch CCI) 

E-mail: [email protected] 

Instagram: @opacolhida 

Por Madu Freitas, sob supervisão de Anderson Barollo 

 

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