Jornal alerta para baixa produtividade dos emergentes

O jornal o Estado de S. Paulo publicou nesta quarta-feira (26) um editorial em que destaca que a dificuldade de crescimento dos países emergentes está relacionada à queda de produtividade. O editorial, que é a opinião do jornal, está baseado em reportagem da revista The Economist, publicada no Estado no dia 19 de janeiro, sob o titulo “Países emergentes parecem condenados a ter baixa produtividade”.

O alerta merece atenção. Países emergentes, justamente por não serem economias maduras, teriam, em tese, maior propensão ao crescimento. Mas não é isso que se verifica, e há um risco grave associado à produtividade das empresas. “De acordo com o Banco Mundial, na comparação dos dados das últimas quatro décadas, a atual desaceleração dos países em desenvolvimento é a mais acentuada, mais longa e mais ampla até o momento”, afirma o Estadão.

Uma das principais causas da queda da produtividade é a queda dos investimentos, segundo The Economist. E entre os fatores para a queda de investimentos está a percepção de dificuldades e riscos excessivos para investir nos países emergentes. Para superar essa questão, as nações precisam avançar em áreas como segurança jurídica, abertura comercial, inserção na cadeia internacional, infraestrutura e educação.

A produtividade é justamente uma agenda prioritária da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). O presidente da Findes, Léo de Castro, ressalta que a indústria tem papel de destaque no desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo: ela representa 31% do PIB capixaba e emprega mais de 170 mil pessoas.

“Um dos principais desafios é produzir cada vez mais e melhor, utilizando menos recursos, de forma alinhada com as reais demandas do mercado. São inúmeras as metas baseadas em reduzir desperdícios e potencializar os ganhos. As oportunidades de melhoria de eficiência estão, em muitos casos, baseadas em intervenções de baixo custo, associadas ao envolvimento dos trabalhadores da indústria e uma mudança de mindset, com foco em enxugar processos e evoluir em qualidade”, explicou.

Exemplos de resultados advindos de ações baseadas neste conceito podem ser observados nas empresas atendidas pelo Senai, em parceria com o Sebrae. As empresas capixabas que já participaram obtiveram um ganho médio de 120% de produtividade em seus processos produtivos.

A Findes inaugurou ainda o Instituto Senai de Tecnologia em Eficiência Operacional. Parte de uma rede nacional que atua com soluções baseadas em inovação e transferência de tecnologia, o IST oferece consultorias, ensaios, pesquisa, desenvolvimento e inovação. É um ponto focal para que empresas e empreendedores busquem soluções para seus desafios tecnológicos e, juntos, reconheçam degraus de oportunidades para avançar em competitividade.

Além disso, a partir deste ano, os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio do Sesi-ES passam a contar com uma nova ferramenta interativa: o Lean Game. Já utilizado nas consultorias do Senai para facilitar a disseminação da cultura do Lean Manufacturing, ou manufatura enxuta, que trabalha com ferramentas de melhorias contínuas na produtividade de empresas, em sala de aula, ele passa a conectar a educação e o mundo do trabalho.

No IEL, o Lean Office atua na redução do desperdício em processos com fluxo administrativo, aumentando a produtividade e a rentabilidade das empresas. Essas ações contribuem para aumentar a produtividade da indústria capixaba.

Por Cinthia Pimentel e André Hees

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