Imóveis: taxa de cartório pode cair até 72% no Espírito Santo

Justiça avalia a revisão dos valores pagos pelos compradores em escritura e registro de imóveis

Uma proposta em avaliação na Justiça do Estado pode reduzir em até 72% as taxas de escritura e registro em cartório na compra de imóveis. Caso o Tribunal de Justiça avalie que a tabela que rege as taxas possa ser atualizada, a maior mudança será para quem adquire imóvel de R$ 120 mil: ao invés de pagar os atuais R$ 3.990,13 aos cartórios, o comprador desembolsará R$ 1.098,91, uma diminuição de 72,46%.

A tabela que define as taxas cobradas nesses atos nos cartórios foi definida em 2001. Pela tabela atual, os valores dos emolumentos (taxas) vão subindo de acordo com o preço de compra do imóvel, até o teto de R$ 200 mil. A partir de R$ 200.000,01, as taxas cobradas são sempre as máximas: R$ 4.339,38 para escritura e R$ 2.727,46 para registro, além de valores recolhidos para fundos da Justiça e do Ministério Público, por exemplo.

Em 2001, esses valores máximos eram de R$ 1.696 para escritura e R$ 1.066 para registro. Ou seja, todo ano, as taxas foram sendo corrigidas. Já o valor dos imóveis, não. Hoje, quem compra um apartamento de R$ 200 mil ou de R$ 2 milhões paga o mesmo valor ao cartório.

Diante dessa situação, em 2016, empresários da construção civil protocolaram uma ação no Tribunal de Justiça propondo mudanças nas cobranças dos cartórios. Em julho de 2017, o Tribunal publicou um ato normativo que criou uma comissão de três desembargadores. Eles trabalhariam seis meses para revisar a tabela. Esse prazo termina amanhã.

No entanto, a comissão ainda não finalizou os trabalhos. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou, ontem, que o presidente da comissão é o desembargador Fabio Clem de Oliveira, que está de férias até o mês de março.

Ainda segundo a assessoria do TJES, quando os trabalhos de uma comissão não são concluídos dentro do prazo previsto, o presidente solicita a prorrogação. “A comissão não acaba sem resultado”, informou. Portanto, possivelmente, o trabalho será prorrogado.

“Em 2001, um imóvel de R$ 200 mil era de alto padrão. Agora, é quase um Minha Casa Minha Vida. É uma questão de justiça, já que foi um período grande de inflação e de aumentos no mercado imobiliário”, avalia Paulo Baraona, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon).

De acordo com o conselheiro do Sinduscon, Aristóteles Passos Costa Neto, a proposta é subir o teto da tabela até R$ 710 mil. “O imóvel de R$ 200 mil hoje paga em torno de R$ 4 mil de escritura, e mais R$ 3 mil de registro, porque está no teto. Com a proposta de revisão das taxas, esse imóvel vai pagar em torno de R$ 1.200 de escritura e R$ 800 de registro, que é o valor justo. Quem compra imóvel econômico hoje está pagando um absurdo de escritura. Muita gente não tem esse dinheiro, e acaba não registrando o imóvel”, afirma.

Segundo ele, o valor de escritura e registro no passado era em torno de 1,5% do valor do bem. “Hoje, varia entre 6% e 7% do valor do imóvel.”

Confira, no Gazeta Online, a matéria original e a tabela completa com os novos valores!

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5 Responses
  1. Ronaldo

    Boa tarde! li esses dias que até o dia 22\02\19 não havia sido resolvido nada maiores informações no sinduscon.

  2. Ronaldo

    Boa tarde! li esses dias que até o dia 22\02\19 não havia sido resolvido nada maiores informações no sinduscon.

  3. Teresa

    Olá! Estou comprando um kitnet de 28 m2, por 120 mil, em Guarapari, fiquei assustada com valores, mais de 10 mil, como faço para pagar um valor justo?

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