No Espírito Santo, nova lei vai reduzir impostos de cachaças e vinhos artesanais
O custo tributário da indústria no Brasil subiu 2,9% no último trimestre de 2017 na comparação com o trimestre anterior, segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento do gasto com impostos elevou o Indicador de Custos Industriais em 0,4%. No mesmo período, o preço de produtos industrializados teve redução de 0,8%, o que resultou na diminuição da margem de lucro das empresas.
De acordo com o estudo, outros custos que puxaram a alta foram o de energia, com aumento de 2,5%, e o de pessoal, que teve alta de 1,8%. A elevação do índice de custo tributário, observa a CNI, indica que as empresas começaram a pagar as dívidas tributárias contraídas durante a crise econômica. A quitação das dívidas tributárias foi favorecida pela recuperação da economia e pelas adesões ao Programa de Regularização Tributária, conhecido como novo Refis.
Isso porque o indicador de custo tributário é estimado com base no custo efetivo, ou seja, o total efetivamente pago pela indústria dividido pelo produto industrial. Com a crise econômica, algumas empresas não conseguiram pagar os tributos devidos, o que resultou em um movimento descendente do indicador. Com o início da recuperação, as empresas começam a quitar as dívidas, o que impulsionou o indicador.
Juros mais baixos
O impacto dos aumentos foi minimizado pela queda de 5,4% no custo com capital de giro e na redução de 0,6% nos custos com bens intermediários. A retração dos custos com capital de giro é resultado dos sucessivos cortes na taxa básica de juro da economia. “A redução do custo com intermediários deve-se, sobretudo, à valorização do real, que reduz o preço dos insumos adquiridos em dólar de outros países. Além disso, a baixa demanda e a competição entre as empresas vêm contendo o aumento dos preços dos intermediários fabricados no Brasil”, explica o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Leia a pesquisa da CNI na íntegra
Redução de impostos no ES
No Espírito Santo, ações da Findes em parceria com o governo estadual estão reduzindo a carga tributária da indústria. Na última segunda-feira (9), o governador Paulo Hartung sancionou a lei que reduz a alíquota de ICMS para produtores de cachaças e vinhos artesanais do Espírito Santo. Fruto de uma demanda do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Estado do Espírito Santo (Sindibebidas), a medida vai permitir a redução do imposto dos atuais 25% para 12% em 2018 e 17% em 2019.
Com a mudança, o número de indústrias afiliadas ao Sindicato, que hoje é de 50 empresas, deve chegar a 300.