Economia circular do plástico na pauta de seminário da Findes na Ales

O auditório da Assembleia Legislativa do ES (Ales) foi palco na manhã terça, 18/2, do “Seminário Economia Circular do Plástico”. O evento reuniu os principais experts no assunto incluindo entidades nacionais para dialogar com a sociedade sobre a produção sustentável, consumo e economia circular. Estiveram no evento o vice presidente da Findes, José Carlos Zanotelli, a coordenadora de projeto setoriais da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Paula Lorenzoni, o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense; o diretor de relações institucionais da Braskem, Daniel Fleischer; o presidente do SindiplastES, Jackley Maifredo, o diretor da Escola do Associativismo, Sérgio Rogério de Castro, entre representantes de outras entidades.

O evento é uma realização da Ales e da Findes com a organização do SindiplastES, do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (COAL), do Fórum de Logística Reversa e da Câmara de Alimentos e Bebidas da Findes. O seminário também teve apoio da Abiplast, do Instituto Socioambiental do Plástico (Plastivida), da Braskem, do Senai, Sinrecicle, Copobras, Cristalcopo e Meiwa Embalagens.

A programação apresentou ao público presente, de maneira profunda, a realidade da cadeia produtiva dos plásticos por meio das instituições de âmbito local e nacional. Também foram discutidas soluções para os resíduos gerados de forma que se tornem insumos para a produção de novos produtos. O público presente também pôde ter acesso às experiências de sucesso das indústrias do plástico para estimular a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos gerados mostrando que o setor está mobilizado e atuante ao considerar a necessidade de proteção ao meio ambiente.

Ao final do evento, aconteceu a assinatura do termo de compromisso entre os representantes do setor de plásticos do ES, da Ales e da Findes. O documento tem o objetivo de subsidiar o trabalho de conscientização das instituições e a elaboração de leis envolvendo produção sustentável e economia circular.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Plásticos do Espírito Santo (Sindiplast-ES), Jackley Maifredo, a economia circular é a forma mais correta de destinação de resíduos. “O conceito de reprocessamento pós-consumo e embalagens deve ser tratado com viés econômico e não como problema ambiental, porque gera empregos e oportunidades de negócios, além de preservar o meio ambiente”, afirmou Maifredo.

O setor de plásticos é um grande gerador de emprego e renda para o país, sendo o 4º maior empregador entre as indústrias de transformação, com cerca de 12 mil empresas e 323 mil trabalhadores no Brasil, sendo aproximadamente 7 mil no Espírito Santo. “Acreditamos que banir a produção dos copos plásticos não seja a forma ideal para solucionar a questão do resíduo no meio ambiente”, pondera a coordenadora de projeto setoriais da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Paula Lorenzoni.
“Sugerimos uma visão sistêmica do funcionamento da sociedade, ampliando a discussão para a gestão de resíduos sólidos, a precariedade do saneamento básico em diversas regiões, a coleta seletiva insuficiente nos municípios e a necessidade do descarte adequado. Incluímos aqui a responsabilidade da indústria em transitar de uma economia linear para uma economia circular, que tenha cada vez mais como princípio a reintrodução dos seus produtos ao processo produtivo”, afirmou o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense.

A economia circular é uma nova forma de repensar a produção e o consumo, um caminho que envolve todos os setores da sociedade, avaliando o ciclo dos produtos de forma a reduzir os danos ambientais e tirar o máximo de proveito da produção. Quando se trata de materiais que podem ser reprocessados diversas vezes, como o plástico, a economia circular se torna não apenas uma aliada econômica, mas uma prática fundamental para a preservação do meio ambiente.

No Espírito Santo, Indústrias de Transformados Plásticos que praticam a economia circular são capazes de retirar toneladas de resíduos plásticos por ano do meio ambiente inserindo o material novamente na cadeia produtiva em forma de novos produtos.

“Mas para que todo esse processo da economia circular se desenvolva é necessário também um trabalho de educação com a população para reduzir, reutilizar e redirecionar os produtos plásticos para o reprocessamento”, destacou o diretor de relações institucionais da Braskem, Daniel Fleischer

O produto reciclado é de origem nobre porque deixa de afetar o meio ambiente. Quando utilizado de maneira sustentável, o plástico é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e para a própria preservação ambiental. O reaproveitamento do plástico descartado na natureza pode dar um retorno considerável à sociedade principalmente na geração de emprego e renda para as indústrias de reciclagem.

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Por Carol Veiga

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