Conexão Cindes revela ambiente favorável à Reforma Trabalhista no Espírito Santo

Diálogo e bom senso foram as palavras mais repetidas durante o Conexão Cindes desta quinta-feira (26), que teve como tema a “Reforma Trabalhista na Prática”. Promovido pelo Sistema Findes, o evento reuniu cerca de 400 pessoas, entre estudantes, profissionais e lideranças da indústria e do Judiciário. O palestrante da noite foi o juiz do TRT do Paraná, Roberto Dala Barba Filho, integrante da comissão de implantação da Reforma Trabalhista.

Estiveram presentes no encontro o presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo, Mário Ribeiro Cantarino Neto, o procurador-chefe do Ministério do Trabalho no Estado, Valério Soares Heringer, o presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, e os presidentes de sindicatos filiados à Federação. Em pauta, os benefícios e os desafios que a nova legislação, que entrará em vigor no dia 11 de novembro, traz para as empresas.

“Estamos na era da sociedade do diálogo”, enfatizou Léo de Castro na abertura do evento. “Queremos construir um ambiente de convergência, onde todos possam encontrar um caminho que traga avanços para o país. Foi assim na Reforma Trabalhista e nas pautas recentes votadas pelo Congresso. Concordemos ou não com o que o outro diz, é preciso usar o diálogo como ferramenta principal de trabalho”, defendeu o presidente do Sistema Findes.

O presidente do TRT-ES tranquilizou os presentes quanto à aplicação da nova legislação. “Nossa função é promover o diálogo e o respeito à lei: ela existe para ser cumprida. É natural que haja questionamentos, que surjam posições que têm como objetivo incendiar o debate, mas vejo a questão com tranquilidade. Há um ambiente favorável no Espírito Santo e em todos os tribunais do Brasil com relação à aplicação da reforma. A discussão é natural na atividade judiciária”, ponderou Cantarino Neto.

Para o procurador-chefe do Ministério do Trabalho, o ambiente de mudança deve ser gerido de forma cuidadosa. “O extremo e a radicalização são fruto da resistência à mudança. É preciso ir com calma, gerir essa mudança. A reforma será aplicada e a interpretação se dará de forma gradativa. Precisaremos de bom senso, tanto dos líderes empresariais quanto dos trabalhadores e, neste processo, o Ministério Público vai atuar como mediador de possíveis conflitos”, garantiu Heringer.

Palestra

Integrante da comissão que discutiu a implantação da Reforma Trabalhista, o juiz do Trabalho Roberto Dala Barba Filho esclareceu questões acerca de jornada de trabalho, banco de horas, compensação, remuneração, contrato intermitente, teletrabalho, equiparação salarial, rescisão e terceirização. Segundo o magistrado, o judiciário analisará, nos próximos anos, a forma como a nova lei será utilizada por empresários e sindicatos.

“Se a reforma for usada com má fé, cedo ou tarde haverá reação da Justiça, com o retorno de um Estado mais intervencionista e mais desconfiado da capacidade que temos de decidir nosso destino. Se não houver abusos, se houver respeito dos dois lados, caminharemos para nos tornar uma sociedade mais civilizada, com liberdade, melhorando as relações de trabalho no Brasil. O texto representa um voto de confiança na negociação coletiva, na capacidade de consenso”, afirmou.

 

Confira o evento completo no Youtube:

 

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