Apesar do conturbado momento político do país, temos obtido avanços históricos no Congresso. Reformas defendidas há anos pelo setor produtivo finalmente encontraram espaço para um debate racional. São mudanças impopulares, que exigem coragem dos parlamentares – quer seja pela excessiva exposição midiática ou pelos ataques injustos, oriundos de movimentos partidários e corporativos alinhados a ideias ultrapassadas.

Nos últimos meses, um parlamentar capixaba alcançou proeminência ao conduzir vitórias fundamentais para o Estado e para o país. O senador Ricardo Ferraço atuou como relator da reforma trabalhista em duas importantes comissões do Senado, rebatendo de forma didática às críticas que o projeto recebeu, e se articulou para relatar o substitutivo da Câmara que tratou da convalidação dos incentivos fiscais, evitando a redução gradativa ao longo dos anos.

Nossa bancada esteve unida, o que nos deu mais força, mas Ferraço teve protagonismo em seus discursos, elevando o nome do Espírito Santo ao sair ileso de duros embates, sempre com sobriedade. Mesmo sendo difamado nas redes sociais e dentro do próprio Estado, o sustentou uma defesa técnica em favor do desenvolvimento. Teve a coragem de liderar uma luta que preservará 150 mil empregos somente no Espírito Santo – considerando os setores beneficiados pelos incentivos.

A convalidação traz segurança jurídica aos investidores, permite planejamentos sólidos e dá transparência a uma prática que, em outros Estados, não era realizada nos moldes exemplares do Governo capixaba. A reforma trabalhista, por sua vez, tira o país do atraso, modernizando relações de trabalho, viabilizando novas formas de contratação, ampliando a produtividade e, consequentemente, oportunizando novos empregos.

O setor industrial agradece o empenho dos parlamentares na Câmara e no Senado que compreenderam as necessidades do país. Precisamos de lideranças com coragem para remar contra a maré, contra o populismo irresponsável, tomando decisões difíceis hoje para garantir o desenvolvimento de amanhã.

Léo de Castro é presidente do Sistema Findes