Artigo – Indústria e sustentabilidade: diálogo que gera resultados

A Findes foi a primeira instituição associativa de negócio do Espírito Santo a aderir ao Pacto Global da ONU | Foto: Pixabay

Junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o mês do Meio Ambiente, e não poderíamos deixar de relembrar os avanços positivos da indústria nesta área. Nos orgulhamos do setor industrial ser o que protagoniza a liderança na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) com investimentos robustos em tecnologia, conhecimento técnico e iniciativas sustentáveis.

Cada vez mais, nossas empresas atuam em frentes e projetos ambientais que geram ganhos econômicos e sociais, além de contribuírem para uma economia de baixo carbono. A indústria tem voltado o seu olhar para o aumento da eficiência e para a melhoria da relação com toda a sociedade.

Dessa forma, busca reduzir riscos, além de transformar os desafios da agenda da sustentabilidade em oportunidades de negócios. E entre esses desafios está o de contribuir, diariamente, para o entendimento dos fatores que influenciam dados e indicadores ligados ao meio ambiente, a exemplo do monitoramento da qualidade do ar.

Nesse contexto, é importante ressaltar que o tema não diz respeito apenas às fontes de emissão. Perpassa pelos veículos, pela ressuspensão de via (poeiras rodoviárias), focos de incêndio, queimadas, processos construtivos e outras fontes que determinam os parâmetros controlados pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA).

Mas, ao que compete às nossas indústrias, certificamos, ao longo de muitos anos, que todos os processos são acompanhados de perto e com muita responsabilidade, sempre guiados pelos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Exemplo disso é o fato de o Espírito Santo ser um dos 12 estados do Brasil com estações de monitoramento de qualidade do ar na Região Metropolitana.

Também como parte do nosso compromisso é o fato de a Findes ter sido a primeira instituição associativa de negócio do Espírito Santo a aderir ao Pacto Global da ONU, que tem o objetivo de engajar as empresas para alinharem suas estratégias a princípios baseados em direitos humanos, trabalho e meio ambiente. Com isso, nos comprometemos com ações em parceria com o setor público e privado para acelerar iniciativas que promovam a melhoria da vida das pessoas e do planeta.

Não à toa, investimentos que abarcam a sustentabilidade estão entre as nossas prioridades: nos últimos cinco anos, foram mais de R$ 6,5 bilhões investidos, pelas grandes indústrias no Estado, para financiar aproximadamente 600 iniciativas, que contemplam novas tecnologias, processos e ações de melhoria do meio ambiente, sobretudo na qualidade do ar.

Vale destacar ainda que, atualmente, nossas indústrias possuem mais de 50 redes de monitoramento de qualidade do ar em suas instalações. Além de contarem com alta tecnologia para recuperação de áreas de vegetação nativa, bem como medidas que impedem ou minimizam a dispersão da poeira de minerais. Alguns desses investimentos são: barreiras de vento (wind fence); supressor sustentável à base de garrafa PET; cobertura de correias transportadoras do porto e pelotização, entre outros.

E tudo isso não é de hoje. A indústria já trata deste assunto há décadas, com muita responsabilidade. Afinal, somos um setor licenciável e seguimos inúmeras condicionantes de controle ambiental, dentre elas a recém-aprovada Lei Estadual de Qualidade do Ar (PL 1014/2023), construída democraticamente ao longo dos últimos anos entre diversos atores públicos e privados.

Outra discussão, desta vez presente na Câmara de Vitória, é a CPI do Pó Preto. A pauta vem sendo debatida e liderada pelo vereador Leonardo Monjardim, que a conduz com olhar técnico e informações qualificadas. As discussões por ele coordenadas são norteadas por dados, e mostram a responsabilidade e o investimento que cada empresa vem construindo. Todos estes fatores contribuem para que se chegue a um resultado que não tenha o foco exclusivamente político, mas sim de soluções e melhorias para o meio ambiente e para a sociedade.

Enquanto Federação que representa mais de 16 mil indústrias no Espírito Santo, o papel da Findes é acompanhar o território capixaba como um todo, desde às grandes indústrias, até o pequeno industrial. Estamos atentos às políticas públicas de qualidade do ar, bem como o cumprimento dessas metas por todos os segmentos do setor.

Este acompanhamento é feito de perto, inclusive, pelo Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Findes (Coemas), que monitora as legislações ambientais e avalia as ações de instituições públicas e privadas que buscam incorporar a sustentabilidade como condição do desenvolvimento econômico e social.

E, para isso, temos feito um diálogo constante e atuado de forma construtiva com o setor público. O Termo de Compromisso Ambiental (TCA), assinado por nossas indústrias junto ao Ministério Público do Espírito Santo e ao governo do Estado, é um exemplo do diálogo que gera resultados. Serão investidos bilhões em ações de sustentabilidade e melhoramento do ar.

Nossas indústrias, responsáveis por quase 233 mil empregos no Espírito Santo, são fundamentais para a geração de renda e oportunidade aos capixabas. Assim como são fundamentais os pilares da sustentabilidade que o setor industrial não abre mão: ambiental, social e econômico.

Graciele Zavarize Belisário, especialista do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes)

 

Publicado por A Gazeta, em 21 de junho de 2024

 

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