08/06/2016 – Indústria 4.0 – Uma meta a ser alcançada em nome da competitividade

Em 2016, dois alicerces do debate sobre a economia mundial tiveram como temática a revolução iniciada pela Indústria 4.0. O primeiro, em janeiro, foi o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, evento de caráter político-internacional. O segundo, que é o mais importante para o cenário industrial, foi a Feira de Hannover, ocorrida na cidade alemã no fim de abril.

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A exposição, em que o melhor da tecnologia industrial é demonstrado, deixou bastante claro ao mundo que a instrumentalização do ambiente fabril com maquinário de tecnologia de ponta é tão real quanto o produto “inteligente” que fabrica. O gargalo aparece na capacidade do industrial em investir nesses novos equipamentos.

“Quem deve puxar essa ‘revolução’ aqui no Brasil são as grandes empresas porque, mesmo em um momento de crise como o de agora, seus investimentos em inovação e em competitividade são razoavelmente preservados. E, se há demanda por equipamentos inteligentes, também há necessidade de profissionais capacitados para operá-los. Uma mostra disso é a Unidade Móvel Frigorífica do Senai-ES, que inauguramos recentemente. Sua tecnologia é inédita no Brasil e vem atender ao setor alimentos frigoríficos do Estado, que está evoluindo a passos largos rumo à automatização da produção”, explica Luciano Raizer, presidente do Conselho Temático de Educação da Findes.

Raizer destaca, ainda, que as empresas que exportam buscam com mais afinco por tecnologias que aumentem a competitividade. “Quanto mais robotizada é uma linha de produção, menor é a variabilidade do processo. Assim, o planejamento de produção é otimizado e o preço final acaba sendo atrativo para o mercado internacional.”, elucida.

Apesar da “corrida tecnológica”, Raizer, que também é presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo-ES), é cauteloso em relação ao cenário de transformação: “A própria Alemanha, que realiza a Feira de Hannover e é uma ‘máquina’ de produção de tecnologia nova, está com seus representantes industriais em intenso contato com o governo alemão para melhorar e aumentar a infraestrutura de telecomunicações no país, condição fundamental para ampliação do ambiente de inovação e de competitividade. Ainda é muito cedo para fazermos balanços sobre a Indústria 4.0. A revolução está apenas começando.”, finaliza.

Por Fernanda Neves

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