23/07/2014 – Salão da Economia Criativa ganha espaço no Vitória Moda

Realizada pelo Sistema Findes, Câmara do Vestuário e Sebrae -ES, a sétima edição do Vitória Moda, que será aberta,na próxima terça-feira, 29 , no Itamaraty Hall, contará com o Salão da Economia Criativa, um espaço que reunirá cerca de 20 micro e pequenas empresas ligadas à arte,cultura,moda, artesanato, áudio- visual e serviços.

O Salão da Economia Criativa do Vitória Moda tem curadoria assinada pela designer e consultora em artesanato, Jacqueline Chiabay, responsável pela mostra onde os expositores exibirão produtos associados a negócios criativos.

Segundo o vice-presidente da Câmara do Vestuário e coordenador do evento, José Carlos Bergamin, todas as oportunidades oferecidas pela Findes para disseminar os princípios e as próprias atividades da economia criativa têm sido aproveitados pelo setor.“ Por isso, inserir no Vitória Moda exemplares de empresas com significado conteúdo criativo, que é o que estamos fazendo ao investir no Salão da Economia Criativa, faz todo sentido.”

Por conta de seus atributos, a indústria criativa, ou a economia criativa, diz ele, já começa a substituir a indústria tradicional. “Entre suas vantagens eu poderia citar sua baixa poluição, o fato de ser uma atividade que não é pautada pelo gigantismo, demandar menos insumos naturais, representar atividades mais rentáveis e valorizar o ser humano, com práticas mais saudáveis, que garantem a longevidade das pessoas, em um ambiente social de menos conflito”.

O coordenador do Vitória Moda diz ainda que a indústria da moda é um setor da economia criativa bem desenvolvido no Estado e que, por isso mesmo, está sendo usado como uma espécie de âncora pela Câmara do Vestuário, no sentido de fomentar a cultura, a popularização e a valorização do tema. “Pretendemos caminhar na direção de uma semana criativa para a cidade e o Vitória Moda será o principal evento, entre vários que pretendemos realizar”,assegura Bergamin.

Números

No Espírito Santo, aproximadamente 18 mil empregos formais são vinculados às atividades classificadas como criativas. Desse total, 77% dizem respeito à Grande Vitória. A capital do Estado, Vitória, aparece com destaque, respondendo por 61%, o que representa dizer 11 mil empregos.

Estes números foram apontados pelo economista Orlando Caliman, em recente artigo publicado na seção de Economia de A Gazeta. Caliman, que diz acreditar em “um potencial significativo para fazer crescer esse lado criativo da economia capixaba”, assegura que “a criatividade vem ganhando espaço no mundo da produção de riquezas” e que, “no Brasil, esse lado criativo da economia já desperta as atenções de investidores, de instituições públicas, de governos e também de organizações sociais”.

Criador do conceito de Cidade Criativa, o consultor e pensador inglês Charles Landry, que esteve no Rio de Janeiro recentemente, para proferir palestra sobre o tema, diz que a abrangência da economia criativa é maior do que se imagina e que “a chave” para ampliar a visão deste conceito está na educação.

No dia 25 de junho, a convite dos organizadores do Vitória Moda 2014, a especialista mundial em Economia Criativa, Lala Deheinzelin, proferiu uma palestra, no auditório da Findes, sobre Economia Criativa e Colaborativa: Oportunidades para a Moda.

Em sua palestra, que abriu a programação cultural do evento, Lala assegurou que a moda, em termos de aglutinação de pessoas e interesses, só perde para o futebol.” “Vocês estão no caminho certo ao realizar ações culturais dentro do Vitória Moda, porque moda é um negócio criativo que vai muito além do vestuário”, disse Lala, que é considerada uma das maiores autoridades brasileiras no assunto.

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