14/01/2016 – Estudo da CNI aponta que 80,9% do ES possui rede de água

Dados sobre serviços de saneamento foram divulgados na última segunda-feira (11)  

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou em 11 de janeiro um estudo inédito sobre os serviços de coleta, tratamento de esgoto e abastecimento de água no país, incluindo dados regionais. Intitulado Burocracia e Entraves no Setor de Saneamento, o estudo aponta que o Espírito Santo tem 80,9% do seu território com rede de água.

Os dados divulgados destacam também que o Brasil levará mais quatro décadas para atingir a meta do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) que previa a chegada desses serviços a todos os lares em 2033 (confira detalhes aqui).

Ainda de acordo com o estudo, o Espírito Santo tem 41,82% do território com coleta de esgoto, 32,36% em tratamento de esgoto e 34,39% em perdas de água. No país, a média de perda de água alcança 37%. Ou seja, mais de um terço da água distribuída pelas companhias de saneamento não chegam ao consumidor, por problemas como a falta de precisão de equipamentos, uso de aparelhos obsoletos, falta de manutenção e os chamados “gatos”.

 

Dados do Espírito Santo

Rede de água

80,90

Coleta de esgoto

41,82

Tratamento de esgoto

32,36

Perdas de água

34,39

 

Dados nacionais

De acordo com os números mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o país conta hoje com 48,6% de coleta de esgoto. Mas há uma grande disparidade regional. Enquanto no Sudeste o índice é de 77,3%, no Norte chega a apenas 6,5%. O estudo demonstra que há uma clara correlação entre o atendimento dos serviços de saneamento e o desenvolvimento econômico regional – a coleta de esgoto está diretamente relacionada ao PIB industrial.

A perspectiva de atraso no cumprimento da meta se deve à baixa média histórica de investimentos no setor, de R$ 7,6 bilhões por ano, no período 2002-2012. Para universalizar os serviços em 2033, seria preciso elevar essa média para R$ 15,2 bilhões anuais. Nos últimos anos, mesmo diante da liberação de verbas por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não houve aumento expressivo nos recursos destinados a obras de saneamento.

Para que sirva todos os lares do país com água tratada e coleta de esgoto, o Brasil precisa investir R$ 274,8 bilhões. O valor é o aporte necessário para atingir as metas de universalização traçadas para 2033 pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Para a CNI, solucionar o histórico déficit na infraestrutura de saneamento deve ser prioridade na agenda de desenvolvimento do Brasil.

 

*Com informações da Agência CNI de Notícias

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